O presidente de Cuba, Raúl Castro, destacou nesta segunda-feira a disposição de seu governo em continuar a avançar na normalização das relações com os Estados Unidos em um pronunciamento conjunto com o governante americano, Barack Obama, no qual reiterou que o bloqueio continua a ser o principal obstáculo para o desenvolvimento de seu país.
“Ratifico que devemos pôr em prática a arte da convivência civilizada, que significa respeitar e aceitar nossas diferenças e não fazer delas o centro de nossa relação”, disse Raúl Castro.
O presidente cubano lembrou que nos 15 meses transcorridos desde o anúncio do restabelecimento das relações bilaterais, os dois países avançaram em resultados concretos como a restauração do serviço postal direto e a dos voos diretos regulares, que ocorrerá ainda neste ano, entre outros progressos.
“Muito mais poderia ser feito se fosse suspenso o bloqueio dos Estados Unidos”, disse Raúl, que reconheceu no entanto a disposição do presidente Obama e seus reiterados apelos ao Congresso americano para que seja colocado um fim a essa política.
Raúl Castro classificou como “positivas” as últimas medidas de Washington para aliviar os efeitos do embargo, embora “não suficientes”.
“O bloqueio continua em vigor e tem componentes dissuasivos e efeitos intimidatórios de alcance extraterritorial”, declarou o presidente cubano, que em sua reunião com Obama citou exemplos para lhe mostrar as “consequências negativas” dessa política para Cuba.
O governante também reivindicou a devolução dos terrenos da Base Naval de Guantánamo, que, junto com o embargo, segundo ele, são os principais obstáculos para ter relações bilaterais plenas com os EUA.
EFE
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