Mostra Internacional de Teatro transforma praças em palcos para espetáculos

I Mostra Internacional de Teatro (MIT) – João Pessoa Encena,A programação da I Mostra Internacional de Teatro (MIT) – João Pessoa Encena, que começou na última sexta-feira (12), continua neste domingo (14) com apresentações em diferentes pontos da Capital paraibana. A Praça do Coqueiral, em Mangabeira, recebe o premiado espetáculo “Flor de Macambira” (PB), a partir das 18h.

No mesmo horário, a Cia. Invisível de Teatro, de Maceió, apresenta “Voo ao Solo”, no galpão do grupo Quem Tem Boca é Pra Gritar, no Varadouro. Já a Praça da Paz (Bancários) será palco para a peça “Semi-Breve”, do grupo Las Cabaças (Santarém, PA), a partir das 20h. Fechando a noite do terceiro dia, a Cia. Mundu Rodá (São Paulo, SP) se apresenta no Teatro do Sesi (PB) com “Donzela Guerreira”, a partir das 21h.

A programação é gratuita e os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência no caso de locais sujeitos à lotação, como o Teatro do Sesi. O evento acontece em diferentes pontos da cidade como as praças da Paz (Bancários), da Amizade (Rangel) e Coqueiral (Mangabeira), além do Teatro do Sesi, Centro Cultural Piollin, Usina Cultural Energisa, Espaço Cultural José Lins do Rego, UFPB e palcos alternativos como o galpão do Grupo Quem Tem Boca é Pra Gritar, localizado no Varadouro. A programação é 100% gratuita e durante os dez dias da MIT – João Pessoa Encena, o público poderá assistir a espetáculos e participar de oficinas, palestras e debates. O objetivo de um evento desta magnitude é possibilitar o acesso da população ao que de está sendo produzido nos palcos brasileiros.

A programação completa está disponível no site do evento (www.mitpb.com.br), onde o público encontra informações sobre convidados para as mesas de diálogos e sinopses dos espetáculos. Em sua primeira edição, a Mostra surge como uma das mais representativas do segmento teatral até então realizada na Capital paraibana.

Com patrocínio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da sua Fundação Cultural (Funjope) e da Caixa Econômica Federal, a mostra é realizada pelo Instituto Artemanha de Artes e tem correalização da Dupla Face Companhia de Teatro. A ideia é inserir a capital paraibana em definitivo no mapa dos grandes eventos artísticos de nível internacional.

Segunda-feira – Já a programação desta segunda-feira (15) começa mais cedo, dando início à parte de intercâmbio da I MIT João Pessoa Encena. Das 9h às 12h, Ney Piacentini (São Paulo, SP) ministrará a oficina teatral “Noções Sobre o Sistema de Stanislavski”. A atividade terá continuidade nos dias 16 e 19, sempre no mesmo horário, no Teatro de Arena do Espaço Cultural José Lins do Rego.

À tarde, a partir das 14h, acontecerá a primeira mesa de diálogo, que discutirá o tema “Processos…”. A atividade será no auditório CCTA da UFPB, tendo como palestrante Antônio Rogério Toscano e facilitadores Everaldo Vasconcelos e Guilherme Schulze. A proposta é debater alguns dos processos de trabalho, investigação, criação colaborativa, coletiva, caminhos estéticos e dramatúrgicos do teatro brasileiro. Para tanto, serão utilizados como parâmetros espetáculos incluídos na programação da Mostra, como também outras experiências dos participantes da mesa.

À noite, a partir das 18h, o grupo Osfodidário (João Pessoa, PB) apresentará o espetáculo “Quincas”, no teatro do Centro Cultural Piollin. Mais tarde, às 21h, a Compañía de Titiriteros da Universidade Nacional de San Martín (Argentina) apresentará a peça “La Vida Es Sueño”, no Teatro do Sesi (Trincheiras).

Sobre o evento – A Mostra Internacional de Teatro – João Pessoa Encena foi inspirada em alguns dos principais projetos do circuito nacional no tocante ao seu alcance social e articulação com esferas públicas e privadas como braço da difusão das artes cênicas entre a população. “Os três eixos básicos em que nos fundamentamos para a sua criação foi, primeiramente, possibilitar o acesso pleno da população ao teatro, intercambiar formas de conhecimento entre os vários grupos que por aqui vão circular e inserir João Pessoa em definitivo no mapa dos grandes eventos artísticos das mostras internacionais”, resume Luciano Santiago, curador e coordenador da MIT.

Sinopses do domingo (14/09):

Espetáculo: “Flor de Macambira”

Grupo: Ser Tão Teatro

Horário: 18h

Local: Praça do Coqueiral, Mangabeira

Sinopse: A adaptação da peça, deflagrada pela visão simbólica e feminina da encenadora Christina Streva, ganhou fôlego quando o grupo Ser Tão apresentou à equipe fragmentos elaborados ao longo do processo de pesquisa em torno das músicas, danças e personagens.

Espetáculo: “Donzela Guerreira”

Grupo: Cia Mundú Rodá (SP)

Horário: 18h

Local: Galpão do Grupo Quem Tem Boca É Pra Gritar (Ladeira S. Frei Pedro Gonçalves, Varadouro)

Sinopse – Amor impossível, revelação tardia e saudade incomensurável. O espetáculo “Donzela Guerreira” é a busca de uma tradução poética (do romance de tradição oral que narra à trajetória da donzela que vai à guerra), atualizada no tempo, no espaço, nos sons, nas palavras e nos corpos dos atores-pesquisadores Juliana Pardo e Alício Amaral.

A história se resume à travessia de uma jovem que se disfarça de homem para seguir em combate no lugar de seu velho pai, representando o único filho varão da família. Como soldado, ela se apaixona por seu Capitão e este por ela. Sem revelar sua verdadeira identidade, Donzela e Capitão travam suas próprias batalhas, colocando à prova seus princípios, sentimentos e desejos.
Classificação: 12 anos

Espetáculo: “Voo ao Solo”

Horário: 18h

Grupo: Invisível Cia. de Teatro (AL)

Local: Galpão do Grupo Quem Tem Boca É Pra Gritar (Ladeira S. Frei Pedro Gonçalves, Varadouro)

Sinopse- Num local indefinido e num tempo indeterminado, uma mulher faz um apanhado dos fatos mais importantes de sua vida e começa a estabelecer consigo mesma uma relação caótica, inclusive com seus demônios e fantasmas do passado. Tudo aflora de modo impensado e imprevisível, não havendo assim uma definição nem especial, nem cronológica, viajando em seus pensamentos e metáforas que aproximam o espectador dos sentidos e sentimentos da personagem.

Este é o enredo do espetáculo “Voo ao Solo”, da Invisível Companhia de Teatro, monólogo escrito pela atriz e dramaturga Daniela Beny. Com recortes das obras de Lygia Fagundes Teles, Rachel de Queiroz e outros ícones da literatura e da cultura pop, podemos entender quais as referências e como podem ser ponto de partida para a criação de um entrelaçado dramático que possibilita a visitação do ser humano a diferentes estágios e níveis comportamentais do ser humano, partindo do ponto de vista do feminino mítico até a influência do espaço urbano sobre a construção das relações interpessoais.
Classificação: 14 anos

Espetáculo: “Semi-Breve”

Grupo: Las Cabaças (PA)

Horário: 20h

Local: Praça da Paz, Bancários

Sinopse- Bifi e Quinan entram em cena para tocar uma belíssima música. Quinan no trompete e Bifi no pandeiro. O que elas ainda não sabem é que Elvis, uma velha conhecida pulga se escondeu na partitura. Elas percebem a presença da pulga que, pulando na pauta, atrapalha toda a leitura musical e, acabam relembrando os velhos tempos em que eram domadoras de pulgas no circo das pulgas.
Classificação: livre

Sinopses de segunda-feira (15/09):

Espetáculo: “Quincas”

Horário: 18h

Espetáculo: Teatro Piollin

Grupo: Os Fodidário

Sinopse – Nesta adaptação teatral da obra de Jorge Amado, “A morte e a morte de Quincas Berro D’água”, a saga do “campeão do falecimento”, Quincas, o homem que abandonou a família burguesa para ingressar no universo do baixo meretrício, é contada por seus amigos de copo e aventuras, Pastinha, Curió, Cabo Martim, e Pé de Vento.
Classificação: 14 anos

Espetáculo: “La Vida es Sueño”

Grupo: Compañía de Titiriteros de la Universidad Nacional de San Martín (Argentina)

Horário: 21h

Local: Teatro do Sesi

Sinopse – O Rei Basílio da Polônia teve um filho, Segismundo. O destino havia previsto crueldade e destruição ao recém-nascido, de modo que o rei decide trancá-lo em uma torre para evitar o desastre que seria como herdeiro do trono. No entanto, ao longo dos anos, Basílio é atormentado pela dúvida quanto a ter feito bem ou não, e decide libertar Segismundo para ver se ele prova ser um bom rei.

Ele é trazido ao palácio dormindo, para que mais tarde, se tiver que voltar para a prisão, não saiba se o que viveu era sonho ou realidade. Quando acorda e sabe a sua real condição, Segismundo, cheio de raiva, briga com o pai e até mesmo mata um homem, o que faz com que ele volte a dormir e seja detido novamente.

Até então, o povo, que conhece os fatos, lidera uma revolta para libertar o seu verdadeiro príncipe, Segismundo. Em guerra com o pai, sem saber se esta é a realidade ou sonho, consegue enfrentar a batalha mais difícil de conquistar: vencer a si mesmo.
Classificação: 10 anos

Assessoria

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Redação DiárioPB

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