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Turquia bloqueia redes sociais para impedir fotos de promotor morto

turquia promotor Mehmet Kiraz é tomado refém por indivíduos de um grupo armado de extrema esquerda que invadiu o Palácio de Justiça em Istambul, Turquia (Foto: Reuters/Halkin Sesi TV)

A Turquia bloqueou nesta segunda-feira (6) o acesso ao Twitter, Facebook e Youtube para impedir a divulgação de fotos de um promotor sequestrado na semana passada por militantes de extrema-esquerda, que acabou morto durante a tentativa de resgate, informa a imprensa.

Uma mensagem da Autoridade Administrativa de Telecomunicações disponibilizada no YouTube indica que a proibição foi determinada como “medida administrativa”.

Este é o primeiro bloqueio desta magnitude desde o que foi decretado há um ano para impedir a divulgação de acusações de corrupção contra o governo.

De acordo com o site do jornal “Hurriyet”, a medida foi adotada depois que uma decisão da justiça ordenou o bloqueio de 166 sites que haviam divulgado a foto do promotor, incluindo Facebook, Twitter e YouTube.

O promotor Mehmet Selim Kiraz foi sequestrado em 31 de março e mantido como refém durante mais de seis horas por dois militantes armados de um grupo de extrema-esquerda turco, que publicou a fotografia do magistrado nas redes sociais com uma pistola na têmpora.

O promotor e os dois sequestradores morreram durante uma intervenção da polícia.

No dia seguinte, a justiça turca abriu uma investigação contra quatro jornais turcos acusados de terem publicado a fotografia.

Há um ano, o governo turco aprovou várias medidas polêmicas para tentar controlar a internet e as redes sociais, apontadas como culpadas de divulgar as acusações de corrupção contra o presidente Recep Tayyip Erdogan e vários membros de sua equipe.

Em março de 2014, Erdogan ordenou o bloqueio momentâneo de Facebook e Twitter.

O Parlamento turco votou no mês passado um dispositivo que autoriza o governo a bloquear um site sem a permissão da justiça, uma medida que, no entanto, foi censurada pelo Tribunal Constitucional ano passado.

G1

Redação DiárioPB

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