Taxa salta a 13,2% em fevereiro e Brasil tem 13,5 milhões de desempregados

Protesto contra proibição dos bingosCom aumento da procura por vagas e corte de postos, a taxa de desemprego no Brasil subiu para novo recorde de 13,2 por cento no trimestre finalizado em fevereiro, com o contigente mais baixo de ocupados desde o início de 2012.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou aumento da taxa pela quarta vez seguida a nova máxima da série histórica iniciada em 2012, ante 12,6 por cento nos três meses até janeiro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mesmo período de 2016, a taxa de desemprego era de 10,2 por cento, o que deixa claro os efeitos da forte recessão enfrentada pelo país. Apesar dos recentes sinais de alguma melhora econômica, o mercado de trabalho ainda deve levar mais tempo para se recuperar.

“Esse trimestre (encerrado em fevereiro) ainda carrega tendência do fim do ano e mostra avanço expressivo da desocupação, combinado com queda na ocupação”, explicou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de taxa de desemprego de 13,1 por cento no trimestre até fevereiro, na mediana das projeções.

Segundo o IBGE, o número de trabalhadores sem emprego no período chegou a 13,547 milhões, forte aumento de 30,6 por cento sobre o mesmo período do ano anterior, ou 3,176 milhões de pessoas a mais. No trimestre até janeiro, eram 12,921 milhões de desempregados.

Segundo a Pnad Contínua, a população ocupada recuou 2,0 por cento sobre o mesmo período de 2016, ou 1,788 milhão de pessoas a menos, somando 89.346 milhões de trabalhadores ocupados. Trata-se do menor contigente de pessoas com emprego desde os três meses encerrados em maio de 2012.

Ainda no trimestre até fevereiro, o número de pessoas na força de trabalho, ou seja, aquelas que estão disponíveis para trabalhar, aumentou 1,4 por cento, ou 1,388 milhão de trabalhadores a mais procurando uma colocação.

A construção foi o setor que mais dispensou funcionários no período, ou 749 mil pessoas.

Já a renda média do trabalhador, segundo o IBGE, apresentou alta de 1,5 por cento no trimestre até fevereiro sobre o mesmo período do ano anterior, atingindo 2.068 reais.

“Olhando à frente, o mercado de trabalho deve se deteriorar mais, uma vez que a economia ainda não mostrou sinais de crescimento minimamente positivo para absorver os que entram na força de trabalho”, avlaiou em nota o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs, Alberto Ramos, vendo estabilização durante o segundo semestre de 2017.

Em fevereiro, dados do Ministério do Trabalho mostraram que o Brasil abriu 35.612 vagas formais de emprego, o primeiro resultado positivo mensal desde março de 2015.

Reuters

Ouça nossa Rádio enquanto você navega no Portal de Notícias


  Podcast Dez Minutos no Confessionário

Redação DiárioPB

Portal de notícias da Paraíba, Brasil e o mundo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo