Suspeitos de canibalismo são presos na África do Sul
Vereador sulafricano assume que muitas pessoas comeram carne humana voluntariamente na região
Na África do Sul, quatro homens foram presos, acusados de canibalismo, homicídio e posse de partes de um corpo humano última sexta-feira, 18, na cidade de Estcourt, na província de KwaZulu-Natal.
De acordo com a agência Associated Press, a investigação começou depois de um homem ter ido a uma delegacia afirmando “estar cansado de comer carne humana”, dando parte de uma perna e uma mão para os policiais.
O homem que foi à delegacia ainda indicou uma casa, onde foi encontrada mais partes de corpos humanos. Restos mortais foram examinados por peritos para saber se o corpo pertence a mais de uma pessoa.
O site sul-africano News24 informa que o vereador local Mthembi Majola (foto) disse que “centenas” de moradores da cidade revelaram ter ingerido pedaços de carne. Conforme a BBC, dois dos presos na ação da polícia sulafricana são curandeiros. Há a suspeita de que eles integrariam um grupo muito maior.
Na segunda-feira (21), os presos foram ao tribunal para serem oficialmente acusados. No lado de fora do tribunal, pessoas tentaram fotografar e filmar os acusados. Um forte esquema de policiamento foi montado para evitar a aproximação da população com os presos. Outra audiência estava marcada para ontem (28). Os presos permanecem sobre a tutela da polícia.
Todo o caso parte de uma suposta seita, liderada por “curandeiros”, que prometiam aos seus clientes poder, dinheiro e posses. Phepsile Maseko, da Organização de Curandeiros da África do Sul, condenou a postura dos falsos curandeiros, que iludiam suas vítimas para praticar o canibalismo. “Mortes em rituais e uso de tecido humano não fazem parte do curandeirismo. Isso deixa a nós, curandeiros, com raiva, porque temos que defender nosso trabalho constantemente”, disse.
Da redação com outras agências
Foto: BBC