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Regulação das big techs no Canadá reduziu drasticamente os resultados de buscas por notícias no Google

O conteúdo jornalístico desapareceu dos resultados de busca de mais de um milhão de pessoas no país. O mesmo pode acontecer no Brasil

Plenário da Câmara dos Deputados e Sede do Google em Mountain View, Califórnia (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | REUTERS/Paresh Dave)

A remuneração a ser paga pelas big techs aos veículos de comunicação como previsto no Projeto de Lei 2630/2020, chamado de PL das Fake News, poderá resultar em uma redução de notícias apresentadas pelos buscadores aos usuários, como ocorreu no Canadá. Uma legislação aprovada no país em junho de 2022 também previa este tipo de remuneração aos veículos de comunicação pelas big techs.

“Embora o texto legislativo ainda dependa de chancela do Senado para entrar em vigor, em fevereiro deste ano, o Google se antecipou e implementou por cinco semanas um teste que limitou o acesso a notícias online de 3,3% dos usuários do buscador da big tech no Canadá. Na prática, o conteúdo jornalístico desapareceu dos resultados de busca de mais de um milhão de pessoas no país ao longo desse período”, diz a BBC Brasil.

O Google nega que o experimento tenha sido uma forma de pressão contra o governo canadense ou uma forma de burlar potenciais novos custos a seu negócio. A sistemática, segundo a empresa, visava explorar “as prováveis novas condições de mercado”. As mudanças acabaram por levar, na semana passada, executivos do Google a prestarem esclarecimentos ao Congresso

.No Brasil, o PL enfrenta uma grande resistência por parte das big techs, influenciadores, youtubers e criadores de conteúdo. Na semana passada, o projeto foi retirado da pauta de votação da Câmara após ter regime de urgência aprovado.

Questionado se o Google poderia adotar no Brasil uma medida para limitar o acesso de usuários às notícias, a chefe global de Comunicações do Google, Jennifer Crider, disse que a mudança “talvez” ocorra.“

Acho que uma das coisas que realmente devemos observar sempre que um projeto de lei é aprovado é se precisaríamos fazer alterações em nossos produtos. (Então a resposta é) Sim, talvez. Acho que essa (limitação de acesso a conteúdo jornalístico) é uma mudança potencial, mas pode haver outras mudanças que precisam ser feitas dependendo de como será o resultado final do projeto de lei. É muito difícil dizer de forma hipotética”, afirmou.

Brasil 247

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Redação DiárioPB

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