Quarenta e cinco Sem Terra se formam em Medicina Veterinária, no RS

1ª TurmaDepois de cinco anos de trabalhos acadêmicos e pesquisa prática, 45 alunos da 1ª Turma Especial do Curso de Medicina Veterinária para assentados da Reforma Agrária no Brasil colam grau nesta sexta-feira (18), no município de Pelotas, na região Sul do Rio Grande do Sul. Ela terá como patrono o deputado Adão Pretto (in memoriam).

A Turma Especial de Medicina Veterinária é uma parceria entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), onde ocorreram as aulas, através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A segunda turma iniciou com 60 alunos, em 2013.

A cerimônia de formatura começa às 17h no Theatro Guarany, no Centro de Pelotas. Depois das 21h será realizada uma festa de confraternização e em comemoração à conquista do curso, no Clube Centro Português 1º de Dezembro.

Os formandos são agricultores assentados, acampados e filhos de beneficiários da Reforma Agrária de seis estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará.

Para o dirigente nacional do MST, Cedenir de Oliveira, cursos superiores como o de Medicina Veterinária, conquistados através de luta do Movimento, “são ferramentas fundamentais para ajudar na implementação da Reforma Agrária Popular no país, que, além de ser uma estratégica política do movimento, é uma forma de gerar desenvolvimento com a produção de alimentos saudáveis para a população brasileira”.

As atividades também integram a 5ª Semana Adão Pretto, que tem como objetivo comemorar a memória do deputado que ajudou a fundar o MST e completaria 70 anos em 2015.

Oito anos depois

O curso começou a ser pensado ainda em 2005 pelo MST, quando foi encaminhado um projeto para a capacitação de jovens em Medicina Veterinária ao Pronera. No ano de 2007 ocorreu a assinatura do convênio e foi realizado vestibular para o ingresso de 60 acadêmicos.

Porém, o Ministério Público de Pelotas entrou com uma ação civil contra a realização do curso e as aulas iniciaram apenas quatro anos depois, no primeiro semestre de 2011, após longa disputa judicial que terminou com o parecer favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao Incra no final de 2010.

As aulas iniciaram em regime de alternância, ou seja, os estudantes passavam de 80 a 120 dias na Universidade e depois mais dois meses nas suas comunidades, realizando trabalhos acadêmicos e de pesquisa prática.

MST

Redação DiárioPB

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