Papa Francisco admite uso de contraceptivos em casos de contaminação por zika

Papa Francisco admite uso de contraceptivosO papa Francisco tratou nesta quinta-feira sobre aborto e o surto de zika na América Latina, afirmando que a Igreja Católica aceita discutir o uso de contraceptivos como forma de controlar possíveis sequelas do vírus, mas rejeita qualquer concessão em relação a interrupções de gravidez.

“O aborto não é o menor de dois males. É um crime. Matar uma pessoa para salvar a vida de outra é o que a máfia faz. É um mal absoluto. No caso de evitar a gravidez, não é um mal absoluto. (…) No mal menor, estamos falando um conflito entre o quinto e o sexto mandamentos. O papa Paulo 6º permitiu que freiras na África usassem contracepção (para se prevenirem) caso fossem estupradas. Mas não confundam o mal de evitar a gravidez com o aborto”.

O papa pediu que médicos e cientistas aumentem os esforços para combater a doença. “Peço que façam de tudo para encontrar vacinas contra esses mosquitos e as doenças que carregam”.

Trump e o cristianismo

O pontífice também fez duras críticas ao bilionário Donald Trump, que disputa a candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos.

Um dos jornalistas perguntou ao papa o que ele achava das declarações de Trump, que dissera recentemente que Francisco poderia Também citou a retórica negativa de Trump contra imigrantes, incluindo ameaças de deportação e os planos de construir um muro na fronteira entre os dois países caso seja eleito.

“O que o senhor acha dessas acusações e acha que um americano católico pode votar em uma pessoa assim?”, questionou o jornalista.

“Se sou um peão, talvez, não sei”, respondeu o papa. “Deixo isso ao julgamento das pessoas. (…) E uma pessoa que pensa apenas em construir muros em vez de erguer pontes, onde quer que sejam, não é cristã. Não é a palavra de Deus. Não vou me envolver na questão de em quem as pessoas devem votar. A única coisa que posso dizer é que este homem não é cristão se ele falou coisas deste tipo”, afirmou Francisco, que disse também dar “o benefício da dúvida” a Trump quanto a se realmente havia dito tais coisas.

O bilionário americano repetidas vezes bateu na tecla da imigração mexicana em seus discursos de campanha, dizendo inclusive que mandaria a conta da construção do muro para o governo mexicano. O bilionário lidera a corrida pela candidatura republicana para o pleito de novembro.

BBC Brasil

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Redação DiárioPB

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