Mutirão de 100 cirurgias para endometriose começa quinta no HU de JP

cirurgias para endometriose começa quinta no HU de JPA Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) e em parceria com o Instituto Crispi de Cirurgias Minimamente Invasivas, promoverá mutirão de 100 cirurgias para tratamento de endometriose, doença ginecológica que provoca reação inflamatória crônica, devido ao desenvolvimento e crescimento de estroma e glândulas endometriais fora da cavidade uterina.

A mobilização ocorrerá durante o I Meeting de Endometriose da Paraíba e o I Mutirão de Cirurgias Laparoscópicas de Endometriose de João Pessoa, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, no HULW, no campus-sede, em João Pessoa, e beneficiará mulheres que se encontram na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).

As cirurgias serão empreendidas por meio de videolaparoscopia (foto), uma técnica minimamente invasiva, realizada por auxílio de uma endocâmera no abdômen. “São cirurgias de alta complexidade. Somente a gente faz no Estado. Elas serão transmitidas ao vivo para os participantes dos encontros”, garante o gerente de ensino e pesquisa do HULW Ângelo Melo.

Além de executar os procedimentos cirúrgicos, os eventos têm o intuito de conscientizar profissionais de saúde sobre o diagnóstico e o tratamento de endometriose e apresentar técnicas cirúrgicas padronizadas para o tratamento da doença, a fim de estabelecer prioridades para atividades assistenciais educativas. Também serão debatidas inovações no diagnóstico e no tratamento de outros importantes temas da ginecologia.

Diagnóstico e tratamento

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas da endometriose são dor em forma de cólica durante o período menstrual, que pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais; dor durante as relações sexuais; dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação; e dificuldade de engravidar. A infertilidade está presente em cerca de 40% das diagnosticadas.

Qualquer órgão da pelve (na cavidade abdominal, bacia) pode ser acometido. A instalação da doença nos ovários pode provocar o aparecimento de um cisto denominado endometrioma. Esse cisto pode atingir grandes proporções e comprometer o futuro reprodutivo da mulher. Outros órgãos também podem ser acometidos, como: parte do intestino grosso (reto e sigmóide), bexiga, apêndice e vagina.

O exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização de biópsia.

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos e fim das menstruações. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que suspendem a menstruação; lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.

Mais informações sobre o mutirão e inscrição nos eventos podem ser obtidas pelo e-mail endometriosejp@gmail.com ou pelo telefone (83) 99110.1333.

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Redação DiárioPB

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