ENTRETENIMENTO

‘Meu compromisso número 1 é ajudar a reconstrução do Brasil’, diz José de Abreu sobre candidatura

Em carta ao 247, o ator José de Abreu afirma que seu objetivo principal com a candidatura a deputado é ajudar a reconstrução do Brasil e "fazer parte da linha de frente de apoio ao governo Lula"

O ator José de Abreu se manifestou nesta sexta-feira (15) sobre seu projeto de candidatura a deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro nas eleições de 2022.

Em carta, publicada em primeira mão pelo 247, Zé de Abreu afirma que decidiu suspender sua carreira de ator para seguir o que chamou de ‘encontro entre sua trajetória como artista e seu caminho como indivíduo’.

“Meu compromisso número 1 é ajudar a reconstrução do Brasil, é fazer parte da linha de frente de apoio ao governo Lula, que precisará de suporte mais do que nunca diante de um país destroçado que irá herdar. Meu compromisso é apoiar Freixo governador e reconstruirmos o Rio de Janeiro. E meu compromisso fundamental é algo que soa até absurdo quando pronunciado: a reerradicação da fome no Brasil – sim, reerradicação, pois foi erradicada durante os governos do PT e foi reintroduzida depois do golpe de 2016”, escreve o ator, que é comentarista do Boa Noite 247, da TV 247, às sextas-feiras.

“Não tenho a pretensão ou a vaidade de ser protagonista. Na vida real da política, o protagonista é sempre o povo. Mas acho que ficar na plateia, depois de tudo que o Brasil me deu, seria cômodo demais. Saio da estória para fazermos juntos a História”, acrescenta José de Abreu.

O anúncio da candidatura do ator petista foi feito nessa quinta-feira (14). Em declaração à jornalista Monica Bergamo, Abreu disse que deixará de lado o que “mais ama fazer”, que é atuar, para “ajudar o Lula a reconstruir o Brasil e o Freixo a reconstruir o Rio”.

Leia na íntegra a carta de José de Abreu:

Como artista, sempre tive uma ligação profunda com o povo brasileiro, seus dramas e seus problemas. Como cidadão, sempre tive lado: o lado de quem luta por uma sociedade mais justa, igualitária, sem preconceitos, mais inclusiva, capaz de respeitar as diferenças e, sobretudo, uma sociedade que ofereça o mínimo de dignidade a todos.

Como ator, pude contribuir para iluminar temas e cicatrizes de nossa realidade. Agora, aos 75 anos de idade, entendo que chegou a hora de representar o papel mais importante de minha vida.

O Brasil, o povo brasileiro, foi mais do que generoso comigo. Foi maravilhoso. Acolheu-me em seus lares e me concedeu todas as demonstrações de amor e da mais sincera pureza que os seres humanos podem oferecer. Minha gratidão não tem palavras.

E, agora, acho que seria um tanto egoísta me deitar em berço esplêndido e viver os anos mais valiosos da minha vida no conforto do distanciamento e do isolamento. Foi por isso que decidi suspender por um tempo minha carreira de ator e seguir o que chamo de encontro entre minha trajetória como artista e meu caminho como indivíduo.

Pretendo postular minha candidatura a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores pelo estado do Rio de Janeiro. De certa forma, farei o que sempre fiz, só que por outros meios, para outros fins. Irei representar. Representar agora não um papel ficcional escrito por um autor, mas ser o representante que seguirá um script escrito por milhares e milhares de pessoas, durante a eleição e, depois, durante o mandato. Atuarei, se eleito, num palco: o da política; mais especificamente do parlamento, onde – assim como no teatro – se tem a palavra como principio, meio e fim.

E como ator político estaremos todos ali cumprindo a missão sagrada da cidadania: escrever a História.

Diferentemente das peças, filmes, novelas, países não tem finais. Mas podemos, sim, evitar finais infelizes para cada capítulo de nosso destino. Meu compromisso número 1 é ajudar a reconstrução do Brasil, é fazer parte da linha de frente de apoio ao governo Lula, que precisará de suporte mais do que nunca diante de um país destroçado que irá herdar. Meu compromisso é apoiar Freixo governador e reconstruirmos o Rio de Janeiro. E meu compromisso fundamental é algo que soa até absurdo quando pronunciado: a reerradicação da fome no Brasil – sim, reerradicação, pois foi erradicada durante os governos do PT e foi reintroduzida depois do golpe de 2016.

Enxergo meu mandato como uma árvore.

Minhas raízes e meu tronco são as pautas progressistas e identitárias. O mundo mudou e as instituições, e as leis, precisam se adaptar a um mundo cada vez mais diverso, avesso aos preconceitos tacanhos e aberto e às orientações e às escolhas de cada indivíduo. Ao mesmo tempo, quero dialogar com a diversidade num sentido mais amplo, a diversidade que é esse caldeirão cultural, étnico e social chamado Brasil, que o Rio de Janeiro sintetiza de forma tão exuberante.

Os galhos de minha árvore querem dialogar e representar todos aqueles que almejam um Rio de Janeiro melhor, um Brasil melhor, acima de dogmas partidários e ideologias. A dona de casa, o estudante, o intelectual, o operário, o empresário, a galera da zona sul, os moradores das comunidades…  como ator de uma grande emissora, eu pude ver que é possível sintonizar diferentes setores de uma sociedade que mais parece um mosaico em torno de algo em comum, muitas vezes um personagem, uma trama de folhetim. Mas o importante é que essa capacidade de união entre os diferentes em torno de algo comum existe entre nós. E podemos usar isso para o bem de todos.

A questão central de minha decisão de dar esse passo foi a pergunta que fariam no futuro sobre quem eu fui.

– Quem foi José de Abreu?

Os que se lembrassem talvez dissessem:

– Um ator razoável…

Pois eu gostaria muito, enquanto ainda estou vivo e ainda tenho tempo, de interferir nessa resposta.

– José de Abreu? Representou inúmeros papéis como ator, mas seu principal papel foi representar o povo brasileiro e ajudar a reconstruir o país, junto com muitos outros, quando o Brasil mais precisava.

Não tenho a pretensão ou a vaidade de ser protagonista. Na vida real da política, o protagonista é sempre o povo. Mas acho que ficar na plateia, depois de tudo que o Brasil me deu, seria cômodo demais.

Saio da estória para fazermos juntos a História. Vamos?

Zé de Abreu

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Redação DiárioPB

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