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Mais de 65% dos empreendedores paraibanos são negros e pardos

negros e pardosa Paraíba, 66,5% dos donos do próprio negócio são negros e pardos. Os empreendedores brancos são 32,2% e os de outra raça ou cor, representam 1,3%, no Estado. Os dados fazem parte do estudo, realizada pelo Sebrae, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, divulgado na última segunda-feira (6). Comparando-se com os dados de 2011, divulgados ano passado, o número de empreendedores negros e pardos paraibanos cresceu oito pontos percentuais, subindo de 58,4% para 66,5%.

Nacionalmente, o número de donos do próprio negócio negros e pardos atingiu, nesta última pesquisa, o índice de 50%. Em dez anos, este índice cresceu 27% no país. Nesse mesmo período, o número de pessoas brancas que possuem uma empresa no Brasil teve uma redução de 2%. Nacionalmente, a pesquisa mostrou que 50% dos donos de negócio são afrodescendentes, 49% são brancos e 1% pertencem a outros grupos populacionais.

Do total de negros e pardos empreendedores no país, 41% estão na região Nordeste, onde a população desta cor já é majoritária. Na Paraíba, de acordo com o Censo do IBGE, 63,3% da população se declara negra ou parda. Já no país, essa taxa é de 51,1%. “Assim como no país, no Nordeste e na Paraíba, mais pessoas negras estão ascendendo à classe média e assumindo posições importantes no mercado de trabalho e no universo do empreendedorismo”, destacou a gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Paraíba, Ivani Costa.

Ela acrescentou que o Sebrae Nacional realiza estas pesquisas anualmente e elabora uma série de publicações sobre “Os donos de negócios no Brasil”. Nestes estudos há uma série de recortes variáveis como a análise por sexo, por faixa etária, por regiões e unidades da federação, dentre outros. O trabalho divulgado esta semana utiliza como base as informações da Pnad do IBGE, de 2012, a última disponível para análise.

A pesquisa considerou como donos de negócios as pessoas que trabalham por conta própria (sozinha ou com sócio, com ou sem empregado) e os empregadores (possuem o próprio empreendimento, com pelo menos um empregado), de acordo com a Pnad. Como a Pnad permite identificar os donos de negócios conforme a raça/cor declarada por eles, foi possível analisar esse conjunto de empreendedores em três grandes grupos: brancos; pretos e pardos; e outros (amarelos, indígenas ou não declararam).
Dados Nacionais
De acordo com o estudo do Sebrae, além de elevar sua participação entre os proprietários de negócios, os negros e pardos também tiveram um aumento em seu rendimento médio mensal e no nível de escolaridade superior ao dos brancos. Entre 2002 e 2012, o tempo médio de estudo entre as pessoas negras cresceu 38%, passando de 4,7 para 6,5 anos. Já entre os brancos, esse crescimento foi de 21%, passando de 7,3 para 8,8 anos de estudo.

Quanto à remuneração, no mesmo período, houve um crescimento de 45% no rendimento médio real dos negros, passando de R$ 786 para R$ 1.138 mensais, enquanto entre os brancos a expansão foi de 33%, variando de R$ 1.843 para R$ 2.460 por mês.

Comércio e Serviços são os setores da economia que mais atraem tanto os empreendedores brancos quanto negros. Entre os afrodescendentes, 46% atuam nesses dois setores, e entre os brancos 50%. No grupo dos negros, há uma proporção elevada de indivíduos envolvidos em atividades mais simples, como a pesca, ambulantes e cabeleireiros. Entre os brancos, verifica-se uma maior proporção de indivíduos que empreendem em atividades mais especializadas como advogados, médicos e engenheiros.

Do total de afrodescendentes empreendedores, 41% estão no Nordeste e 31% no Sudeste. Já entre os brancos, 46% estão no Sudeste e 26% na região Sul. A maior concentração de empreendedores negros no Nordeste pode ser explicada pela forte migração de afrodescendentes para esta região e pela taxa de natalidade ser maior que a média nacional.

Assessoria

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Redação DiárioPB

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