O presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, disse em pronunciamento na TV estatal local, que os homens do país devem impedir que as esposas utilizem o aplicativo de mensagens Whatsapp. “Tranquem suas mulheres, não deixam que saiam e elas não vão postar nada”, afirmou Kadyrov. As informações são da rede de notícias BBC. “Comportem-se como chechenos”, disse, de acordo com a imprensa. “A honra da família é a coisa mais importante”, completou.
A declaração foi feita após a divulgação, no aplicativo, que casamento entre uma jovem de 17 anos e o chefe de policia checheno, de 46 anos, teria sido realizado contra a vontade da noiva. A cerimônia teve a 
participação do líder da Chechênia e ocorreu no sábado (16), segundo o jornal The Guardian.
O noivo, Nazhud Guchigov já seria casado com outra mulher, de acordo com o jornal. A lei russa proíbe a poligamia e estabelece 18 anos como a idade mínima para o casamento, mas permite o matrimônio aos 16 em casos excepcionais, segundo o The Guadian.
O líder usou sua conta no Instagram para criticar a cobertura que a mídia fez sobre o caso. Segundo ele, foi criado um “alvoroço a mando de liberais”. “Os pais da menina concordaram com o casamento”, disse, argumentando que relatos contrários eram mentirosos.
Apesar da polêmica, Kadyrov, forte aliado de Putin, tornou ilegal o sequestro de noivas e o casamento com crianças e adolescentes. Porém, acredita-se que comandante da Chechênia seja a favor da poligamia. O principal assessor de Ramzan afirmou, segundo a rede de notícias BBC, que “se um homem pode sustentar mais de uma mulher, por que não?”.
Correiobraziliense
