Ivanildo Vila Nova faz palestra sobre Zé Limeira, no Espaço Cultural

Ivanildo_Vila_Nova1-Foto_JuBrainerO Centro de Documentação e Pesquisa Musical José Siqueira, da Fundação espaço Cultural, em João Pessoa, realiza palestra gratuita sobre Zé Limeira, nesta quinta-feira (20), a partir das 16h. O palestrante será o repentista Ivanildo Vila Nova e há apenas 20 vagas.

Conforme Pedro Osmar, da coordenação do Centro, as atividades passarão a ser permanentes. O foco principal é a reunião para troca de informações e debate sobre o tema proposto. Nesta quinta-feira, a temática abordada será ‘Zé Limeira existiu?’.

O coordenador explicou que o plano de ocupação da sala de trabalho do CDPM também conta com exibição comentada de vídeos educativos, palestras, oficinas, lançamento de discos e livros, recital de poesia comentada e eventos para registro filmográfico e fotográfico.

Ivanildo Vila Nova – Um dos maiores nomes da cantoria e do repente da atualidade, Ivanildo Vila Nova nasceu em Caruaru, em 13 de outubro de 1945. Costuma dizer que seu pai, José Faustino Vila Nova, foi o primeiro repentista que ele ‘enfrentou’.

São deles (a partir de mote do multiartista Bráulio Tavares) os versos de ‘Nordeste Independente’ (gravados por Elba Ramalho, em 1984). Certamente, é seu trabalho mais popular como poeta e cantador.

Ivanildo Vila Nova já gravou – oficialmente – um DVD e oito CDs, mas há uma diversidade ‘pirateada’ e não oficial de discos e registros filmográficos de suas apresentações nas últimas cinco décadas.

Ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PCB), Ivanildo ‘fugiu’ de Caruaru um ano antes do golpe militar de 1964, quando incendiaram a sede da banda do partido na cidade pernambucana. Iniciou uma ‘turnê’ pelo País e realizou diversos festivais.

O repentista, que hoje mora em Campina Grande, é pai da cantora Indira e do declamador Iponax Vila Nova (responsável pelo projeto De Repente no espaço, em parceria com a Fundação Espaço Cultural – Funesc).

Zé Limeira – Há controvérsias sobre a existência de Zé Limeira. Ele teria nascido no sítio Tauá na cidade paraibana de Teixeira, em 1886, e falecido em 24 de dezembro de 1954. Ficou conhecido como Poeta do Absurdo.

A obra de Zé Limeira é marcada por distorções históricas, surrealismo e neologismos. Muito da popularização de Zé Limeira deve-se ao livro ‘Zé Limeira, o poeta do absurdo’, escrito em 1969 e lançado em 1973 pelo jornalista e poeta paraibano Orlando Tejo (nascido em 1935, em Campina Grande).

Muitos acreditam que foi o próprio Tejo quem inventou Zé Limeira. Há, todavia, um grande número de depoimentos de cantadores e estudiosos garantindo que Zé Limeira existiu e teve reconhecimento popular. O livro ‘Zé Limeira, o poeta do absurdo’ já conta com 11 edições.

De maneira geral, descreve-se Zé Limeira como um negro alto e de figurino pouco discreto. Usava enormes óculos escuros, roupas coloridas e de 15 a 20 anéis. A sua viola era colorida e tinha fitas (também coloridas) dependuradas.

A obra de Zé Limeira já teve adaptações para o teatro e também para a música. Ele também foi protagonista do documentário ‘O homem que viu Zé Limeira’, de Maurício Melo Jr. (longa-metragem com produção da TV Senado).

Assessoria

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Redação DiárioPB

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