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Isaac Karabtchevksy encerra II Festival Internacional de Música Clássica

Isaac KarabtchevskyA abertura da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, executada pela Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa (OSMJP), será regida por ninguém menos que o maestro Isaac Karabtchevsky, convidado de honra para o desfecho do II Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa. O concerto será neste sábado (6), às 17h, na Praça do Povo do Espaço Cultural, com entrada gratuita. O festival foi uma realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.

A convite do maestro Laércio Diniz, titular da Sinfônica de João Pessoa e diretor artístico do festival, Karabtchevsky retorna ao Espaço Cultural, onde regeu o seu concerto inaugural, 32 anos atrás, em 1982: “Ele não sabe, mas será convidado a ser patrono da nossa orquestra”, antecipa Laércio. Karabtchevsky está completando 80 anos de idade.

Foi ele que, à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira, popularizou os clássicos, nos lendários concertos do Projeto Aquarius. E é exatamente este tipo de programação que o público pode esperar: os clássicos tornados populares de Strauss (a “Valsa do Imperador”), de Villa-Lobos (o Prelúdio da Bachiana 4), de Beethoven (“Leonora”), de Tchaikowsky (a abertura de Romeu e Julieta), e de Tarcísio Burity (“Elegia”).

Com a criação da Orquestra Sinfônica de João Pessoa, a Capital paraibana atingiu um outro status cultural. “É um projeto para mudar um pensamento coletivo”, diz seu maestro titular, Laércio Diniz. “A cidade tem muito do que se orgulhar com ela. E com o segundo festival, consolidamos de vez João Pessoa no circuito internacional”.

Diniz estudou violino e ganhou, em 1987, bolsa de estudos para a Alemanha. Como regente, estreou no exterior comandando a Bachiana Chamber Orchestra em concerto no Carnegie Hall em Nova York, e, um ano depois, regeu o pianista David Brubeck, no Lincoln Center, em Nova York. Também assumiu a regência da orquestra holandesa New Netherlands Orchestra. Em junho de 2012 gravou na Lituânia com a Lithuanian National Symphony Orchestra o CD Saudades do Brasil, com obras de Villa-Lobos, Milhaud e Florent Schmit.

Isaac Karabtchevsky – Em 2009, o jornal inglês The Guardian indicou o maestro Karabtchevsky como um dos ícones vivos do Brasil. A expressão do jornal tem sua razão de ser: desde os anos 70, ele tem desenvolvido uma das carreiras mais brilhantes no cenário musical brasileiro, atuando por 26 anos como maestro da Sinfônica Brasileira, comandando o projeto mais ousado de comunicação popular da América Latina, o Aquarius, que reuniu durante anos milhares de pessoas ao ar livre e favoreceu, dessa forma, a formação de um público sensível à música de concerto.

Esse período de intensa atividade coincide com sua permanência na Europa, atuando como diretor artístico de diferentes orquestras e teatros: com a Tonkünstlerorchester de Viena (1988 a 1994), o Teatro La Fenice de Veneza (1995 a 2001) e, finalmente, como diretor da Orchestre National des Pays de la Loire (2004 a 2010). Dentre os teatros e orquestras de prestígio dessa fase estão a Salle Pleyel de Paris, a Concertbowl de Amsterdã, o Musikverein de Viena, o Royal Festival Hall de Londres, a Accademia di Santa Cecilia de Roma, o Teatro Real de Madrid, a Staatsoper de Viena, o Carnegie Hall de Nova York, o Teatro Comunale de Bologna, a Rai de Torino, o Teatro Colón de Buenos Aires, a Deutsche Oper am Rhein de  Düsseldorf, a Orquestra Gurzenich de Colônia, a Orquestra Filarmônica de Tóquio etc.

A partir de 2004, Karabtchevsky assumiu a direção da Orquestra Petrobras Sinfônica, grupo caracterizado por um sistema único de autogestão e que tem lhe proporcionado uma nova etapa na carreira. Nesta fase, predomina sua vasta experiência no repertório sinfônico e também a visão do regente habituado a títulos do porte de Erwartung de Schoenberg, O Navio FantasmaTannhäuser eTristão e Isolda de Wagner, Billy Budd de Britten, e inúmeras produções que o levaram a dirigir, na Ópera de Washington, uma notável realização de Boris Godunov, considerada pelo crítico Tim Page, do Washington Post, como a melhor da temporada de 1999-2000. Vem desse período as comendas que recebeu do governo austríaco pelos serviços culturais prestados ao país, a medalha “Chevalier des Arts et des Lettres”, do governo francês, além das que recebeu de praticamente todos os estados brasileiros.

No início de 2011, Karabtchevsky recebeu o convite para dirigir a Sinfônica de Heliópolis, a maior comunidade carente de São Paulo, assumindo paralelamente a direção artística do Instituto Baccarelli. Foi convidado pela Osesp para a gravação integral das sinfonias de Villa-Lobos, com realização entre 2011 e 2016. Este projeto é resultado de um profundo trabalho de reconstituição das partituras e do resgate de uma importante e esquecida vertente da produção do compositor. Foi diretor Musical do Theatro Municipal de São Paulo e da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.

Desde 2000, dirige, na Itália, no Musica Riva Festival, masterclasses para Maestros do mundo inteiro. Na Mostra Internacional de Música de Olinda – Mimo, realiza o mesmo curso com enorme sucesso. Atualmente é também o responsável pela programação artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Serviço:

Dia 6/12 – sábado – 17h
Local: Espaço Cultural (Praça do Povo)
Concerto de Encerramento do Festival
Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa (OSMJP) 
Maestro: Isaac Karabtchevsky

Programa:

Carlos Gomes: Abertura da ópera “O Guarani”
Villa-Lobos: Prelúdio da Bachiana nº 4
Beethoven: Leonora Abertura nº 3
Tarcísio Burity: Elegia
J. Strauss Jr.: Valsa do Imperador
Tchaikowsky: Abertura de “Romeu e Julieta”

Secom/JP

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Redação DiárioPB

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