Imprensa internacional repercute nomeação de diplomata: ‘Fã de Trump’

nomeação de Ernesto Henrique Fraga AraújoA nomeação de Ernesto Henrique Fraga Araújo, 51 anos, como ministro das Relações Exteriores, confirmada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve causar um arrepio no movimento climático global, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian. A Reuterse a Bloomberg citaram sobre um possível alinhamento do Brasil com os Estados Unidos, já que o diplomata foi descrito pela imprensa internacional como “fã de Trump”.

Anticomunista e pró-cristão convicto para liderar os esforços de reformulação da política externa do país, Ernesto é diplomata de carreira de nível médio e atual chefe de Assuntos Americanos, Canadenses e Interamericanos no Ministério das Relações Exteriores.

“Um diplomata experiente, Araujo dirigiu um blog que elogiou Bolsonaro e ridicularizou o Partido dos Trabalhadores, de esquerda, como um ‘partido terrorista’. Um feroz crítico do marxismo cultural e do globalismo, Araujo também escreveu extensamente em elogios ao presidente Donald Trump”, diz a entrevistada da Bloomberg.

Ainda conforme a Bloomberg, a escolha de Araujo não é o único sinal de ruptura com a postura tradicional da política externa brasileira. “O próprio Araújo disse a repórteres em Brasília, após sua nomeação, que o governo Bolsonaro assumirá uma posição dura com o governo socialista na Venezuela. Além da América Latina, o presidente eleito também está avaliando a possibilidade de transferir a embaixada do país em Israel para Jerusalém”.

Sobre a ligação com Trump, a Reutersmostrou Araújo saindo em defesa do presidente americano quando o compararam a líderes europeus. “Trump está salvando a civilização cristã ocidental do islamismo radical e do ‘marxismo cultural globalista’ ao defender a identidade nacional, os valores familiares e a fé cristã”.

O tom mais crítico foi publicado pelo The Guardian, quando citou que Bolsonaro escolheu um novo ministro das Relações Exteriores por acreditar que a mudança climática é parte de uma trama de “marxistas culturais” para sufocar as economias ocidentais e promover o crescimento da China.

“O Brasil foi onde a comunidade internacional se reuniu pela primeira vez em 1992 para discutir reduções nas emissões de gases de efeito estufa. Seus diplomatas têm desempenhado um papel crucial na redução do fosso entre nações ricas e pobres, particularmente durante a construção do acordo de Paris em 2015”, diz a reportagem do The Guardian.

Ainda de acordo com o texto do jornal britânico, “quando o novo governo tomar o poder em janeiro, o Ministério das Relações Exteriores que lidera esse trabalho será encabeçado por um homem que afirma que a ciência do clima é meramente ‘dogma’”.

Com informações Folhapress.

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