FUTEBOL

Honda chega para reforçar o Botafogo com o aval de Zico

Mais do que uma jogada de marketing da diretoria do Botafogo, a contratação do meia-atacante japonês Keisuke Honda, de 33 anos, pode ser, sim, uma forma de reforçar o time para a disputa da temporada.

Quem afiança é Zico, técnico da seleção japonesa entre 2002 e 2006, hoje coordenador do Kashima Antlers.

“É jogador de muita técnica, excelente passe, boa chegada na área e ótimo chute. Cobra faltas muito bem”, atesta.

Você, que o conhece como poucos, acredita que o Honda possa ser útil, mesmo aos 33 anos e na reta final da carreira?

ZICO: Tomara que dê certo! E a idade não é problema. Espero que ele possa aproveitar a oportunidade porque talvez seja a última que ele terá de se apresentar num país de ponta no futebol. Já teve na Rússia, na Itália, Holanda, México… a última foi na Austrália (Meulbourne Victory) e agora tem essa chance no Brasil. Jogador que sempre teve boa forma física e qualidade técnica. Que ele então aproveite bem e possa ser importante. E que seja um novo mercado se abrindo para o futebol brasileiro.

Te agrada o fato de um clube brasileiro olhar para o futebol japonês na busca de jogadores que possam qualificar o elenco?

ZICO: Não acho que estejam olhando para o mercado japonês, e sim para a seleção que tem 14 jogadores atuando na Europa. É lógico que há aqui bons valores, mas é preciso dar a eles uma boa adaptação. Na época do CFZ do Rio, levei jovens japoneses para disputar a Série C do Rio e a Copa São Paulo. Quando vieram para cá ganharam maturidade e chegaram à seleção. Então, depende do objetivo. O Honda, nessa idade, já escolado, não terá problema para se adaptar. Pelo que falam aqui (no Japão), ele está com vontade de jogar essa Olimpíada que será realizada no país. Só que para isso acontecer, tem de estar em atividade, e em boas condições. E essa é uma oportunidade que ele vai ter no Botafogo!

Que características você destacaria no Honda?

ZICO: É jogador de muita técnica, excelente passe, boa chegada na área e ótimo chute. Cobra faltas muito bem. Fez boas Copas do Mundo pelo Japão e se destacou no Milan e no CSKA. Só não o convoquei quando fui o técnico da seleção porque ele era muito jovem e eu tinha no meio campo os melhores do país. Mas tem muita qualidade. A última vez que o vi jogar foi na Copa da Rússia (2018). De lá para cá não vi, e aí não sei como está a condição física dele. Mas quem é bom não esquece…

Extra

Redação DiárioPB

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