JOÃO PESSOA

Feiras reabrem em JP, mas muitos não usam máscaras

Alguns feirantes e consumidores não respeitaram a distância necessária e dispensaram a proteção obrigatória.

Era tranquilo o movimento na Feira de Jaguaribe, na manhã de ontem. O comércio, conhecido por ser semanal e acontecer sempre às quartas feiras, estava sem funcionar desde 9 de maio e retomou as atividades com alguns cuidados que visam minimizar os riscos de contágio da covid-19.
Uma das medidas tomadas foi a delimitação do local. Com a Feira cercada é necessário passar pelas quatro entradas de acesso, onde além da verificação do uso da máscara de proteção, os agentes de controle borrifam álcool 70% nas mãos de quem entra. “Eu estou animada com o retorno!”, confessou Arilene Pereira, apesar de estar sentindo a queda no movimento. A feirante acredita que é uma questão de tempo até que tudo volte ao ‘normal’. Para a retomada ao trabalho a entrevistada caprichou na proteção usando luvas, máscara e o face shield (protetor facial transparente). “Confortável não é, mas é necessário e essencial. Vamos nos cuidar para que não seja preciso acontecer o que aconteceu, de fechar tudo”.
Há oito anos vendendo frutas na Feira de Jaguaribe, Graciete da Silva fez questão de mostrar o crachá que a libera para o trabalho. “Tomei a vacina e fiz o teste de covid, graças a Deus deu negativo”, comemorou. A comerciante sabe como são necessários todos os cuidados e por isso não abre mão da segurança. “Perdi minha mãe há dois meses por conta do coronavírus. Ela deixou de vir à feira até antes de fechar mas o meu padrasto continuou trabalhando e ela acabou pegando a doença”. Maria das Graças vendia jaca também na Feira de J a g u a r i b e , onde era muito conhecida e querida. Aos 66 anos, diabética e hipertensa, perdeu a luta para a doença. “Era ali na frente a banca dela. Sempre trabalhou muito aqui e estava se cuidando, mas infelizmente pegou e não resistiu”. Para garantir que feirantes e clientes estão usando máscaras de proteção, agentes de controle da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb- JP) estão trabalhando na fiscalização. “Os agentes se depararam com pessoas sem máscara, mas rapidamente eles explicam sobre a necessidade e a obrigatoriedade do uso. Também estão orientando sobre o afastamento, a importância de manter as mãos limpas. É essencial também que cada um tenha consciência e faça a sua parte”, pontuou Eunice Rego, coordenadora da Feira de Jaguaribe, que reúne atualmente cerca de 400 feirantes. Para os clientes, as novas medidas são essenciais e de vem ser praticadas corretamente por todos. “Porque, de fato, seguro a gente não está em lugar nenhum”, afirmou Lucéia Alves, que mora no bairro de manaíra mas costuma comprar frutas e verduras em jaguaribe. “Venho aqui por conta do preço e da qualidade e estou vendo que não há aglomeração”.
Diferente do que foi constatado na Feira de Jaguaribe, no Mercado Central era grande o número de pessoas sem máscara de proteção. Foi possível ver grupos inteiros sem o equipamento, indispensável e obrigatório. O comportamento arriscado assustou clientes. “Não está muito organizado. Estou achando que ainda tem aglomeração e ver pessoas sem máscara dá uma insegurança”, desabafou a aposentada Mara F i g u e i re d o  , moradora do Alto do Mateus.
A feirante Ana Lucia da Silva, que tem uma pequena banca de frutas com o marido, estava sim usando máscara. Há mais de 20 anos no Mercado Central ela conta que a pandemia fez os clientes sumirem. “No sábado o movimento fica melhor, mas a gente percebe que deu uma queda”. Enquanto conversava com a equipe de reportagem a entrevistada chegou a repreender a postura de um jovem colega que estava sem o acessório. “Os clientes podem ficar com medo e até deixarem de vir comprar aqui”, disse consciente.
No tempo em que ficou no local a reportagem de A União não viu nenhuma fiscalização sendo realizada. Os feirantes do Mercado Central começaram ontem a fazer a testagem para a covid-19 e receber a vacina contra a influenza.

Fonte: A UNIÃO

Laura Luna
lauraragao@gmail.com

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Redação DiárioPB

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