Ditadura agiu contra indicação de Dom Helder Câmara a Nobel da Paz

Dom Helder CâmaraA Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) lançou na última sexta-feira, 18, o Caderno Especial “Prêmio Nobel da Paz: A atuação da Ditadura Militar Brasileira contra a indicação de Dom Helder Câmara”. A solenidade ocorreu no Salão das Bandeiras, no Palácio do Campo das Princesas, com a presença do governador Paulo Câmara (PSB) e do vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB).
Com 229 páginas, o dossiê traz documentos inéditos que comprovam a perseguição ao arcebispo de Olinda e Recife, à época, e abrange aspectos da atuação diplomática, na distorção de fatos relacionados a Dom Helder Câmara. O caderno é resultado do trabalho de uma das relatorias temáticas da Comissão da Verdade de PE que investiga as  “Violações de Direitos Humanos nos Meios Religiosos”. A frente da relatoria está Manoel Moraes e os sub-relatores são Henrique Mariano e Nadja Brayner.
“Foi um presente de Natal para a nossa arquidiocese e para a população de Pernambuco, do Brasil e do Mundo. Isso (a perseguição a Dom Helder para não ser indicado ao Nobel da Paz) era algo que se especulava muito e agora tem uma documentação comprovando que Dom Helder foi indicado mais de uma vez para receber o prêmio e opositores fizeram por onde isso não acontecesse”, destacou o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.
O governador Paulo Câmara também comentou o resgate histórico feito pela Comissão da Verdade. “O dano produzido pelos senhores da Ditadura revela-se hoje de forma plena no documento que é entregue à sociedade. Perseguir e ameaçar Dom Helder já não era suficiente. Os documentos revelados demonstram também a busca por denegrir e calar sua voz, muito embora o seu apostolado fosse tão só em defesa dos direitos humano”, discursou.
Jornal do Commercio

Redação DiárioPB

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