Em cerimônia solene o General Ajax Porto Pinheiro entregou a soberania a um Haiti mergulhado em miséria e violência
O Brasil encerra a partir desta sexta feira (1) sua missão de paz das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), e com ela todas as atividades militares no país caribenho. Além de Brasil, Chile e Uruguai também compõem a missão da ONU. O prazo final para retirada de todos os países integrantes de Minustah é o dia 15 de outubro de 2017.
O encerramento das atividades foi celebrado na quinta (31) com direito a cerimônia solene, contando parte dos 13 anos e meio do estabelecimento da missão de paz da ONU no Haiti. A força de paz foi criada em 30 de abril de 2004 e tinha como objetivo principal restaurar a ordem pública após a instabilidade política causada pela deposição do presidente Jean Bertrand Aristide.
Nos primeiros anos a Minustah desmantelou milícias que controlavam pequenos territórios. Entretanto, a prorrogação da missão se deu em 2010 por causa de outra calamidade: o terremoto que devastou o país. A catástrofe contabilizou 300 mil mortos e destruiu um país que já vivia em guerra civil e insegurança. Além da intervenção militar estrangeira, o Haiti passou a receber ajuda médica e humanitária.
Apesar de finalizar a liderança da missão de paz, as tropas brasileiras não conseguem entregar o Haiti em boas condições: a miséria e a segurança pública ainda são problemas crônicos no país. Segundo o Ministério da Defesa, a próxima missão de paz brasileira será na África, provavelmente na República Centro Africana.
Da redação com agências
Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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