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Bolsonaro aplicou R$ 17 milhões em investimentos de renda fixa enquanto recebia transferências via Pix, diz relatório do Coaf

Aportes foram feitos em títulos de CDB e RDB. Valorização ocorre atrelada à taxa básica de juros, a Selic, hoje fixada em 13,75% ao ano

O mesmo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que revelou que Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões em transferências via Pix, também apontou que o ex-mandatário investiu quase a mesma quantia, R$ 17 milhões, em modalidades de renda fixa. Segundo o jornal O Globo, as movimentações financeiras ocorreram no período entre os dias 1 de janeiro e 4 de julho deste ano.

“O relatório mostra que o aporte milionário deu-se em títulos de CDB e RDB, duas das principais modalidades de investimentos de renda fixa. Em linhas gerais, a valorização, neste tipo de transação, ocorre atrelada à taxa básica de juros, a Selic, hoje fixada em 13,75% ao ano”, destaca um trecho da reportagem.

As transferências via Pix destinadas a Bolsonaro foram possivelmente destinadas à campanha de arrecadação feita por aliados, com o objetivo de quitar multas que o ex-presidente havia recebido durante seu mandato. Dentre essas multas, destacam-se aquelas relacionadas à circulação em vias públicas sem o uso de máscaras durante a pandemia de Covid-19.

Bolsonaro ainda não quitou cerca de R$ 1 milhão em multas aplicadas pelo estado de São Paulo devido ao descumprimento de normas sanitárias em 2021. Bolsonaro é alvo de cinco processos movidos desde o início do ano, resultando no bloqueio de R$ 164 mil em suas contas pelo Tribunal de Justiça estadual.

Algumas dessas ações foram instauradas em janeiro e pedem o pagamento de valores que somam R$ 503.936,80, enquanto outras duas, distribuídas em abril e maio, cobram R$ 433.902,90 no total. Ao todo, Bolsonaro acumula um débito de R$ 936.839,70 em multas por não usar máscara de proteção em eventos públicos no estado paulista.

Em resposta às informações divulgadas pelo relatório, a defesa de Bolsonaro enfatizou que os valores investidos têm origem “lícita” e criticou a violação de sigilo bancário. Os advogados Paulo da Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten, ex-ministro de Bolsonaro, assinaram o comunicado. Eles esclarecem que esses montantes provêm de milhares de doações feitas via Pix pelos apoiadores do ex-mandatário.

DiarioPB com Brasil 247

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Redação DiárioPB

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