Augusto dos Anjos é homenagedo com exposição ‘Esdrúxulo’ na Casa das Rosas

augusto dos anjosEspaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, inaugura, no dia 12 de novembro, quarta-feira, uma exposição sobre a vida e obra de Augusto dos Anjos, conhecido como um dos mais impactantes e populares poetas brasileiros. A mostra Esdrúxulo! 100 anos da morte de Augusto dos Anjos tem curadoria de Júlio Mendonça e ficará em cartaz até 1º de março de 2015. A entrada é gratuita.

Algumas características atraem fortemente a atenção do público para a poesia de Augusto dos Anjos: a observação nua e crua dos fenômenos físicos da renovação constante do ciclo morte-vida e a indagação sobre a finalidade da vida; o fascínio pelas palavras chocantes, exóticas e termos científicos, o pessimismo e o fatalismo associado a um panteísmo de fundo místico.

 A exposição será dividida em cinco espaços no andar térreo da Casa das Rosas. Além de informações e curiosidades sobre a trajetória do poeta, apresentará importantes poemas de sua obra como: Versos íntimos;Budismo ModernoAs cismas do destinoIdealismoMonólogo de uma sombraOs doentesA ideiaO Deus-vermeO Lamento das coisasPoema negroPsicologia de um vencidoSonetoÚltimo credo, entre outros.

 Além disso, monitores de TV exibirão vídeos e animações sobre a obra de Augusto dos Anjos. E para completar, haverá uma instalação lúdica com os versos mais famosos do poeta.

 Sobre Augusto dos Anjos

 Augusto dos Anjos nasceu em 20 de abril de 1884, no Engenho do Pau-d’Arco, na Paraíba e faleceu precocemente de pneumonia, em 12 de novembro de 1914, em Leopoldina, Minas Gerais. O poeta publicou apenas um livro em vida, Eu (1912). Posteriormente, em 1920, seu amigo Órris Soares publicou uma segunda edição de seu livro, acrescida de alguns poemas: Eu (Poesias, completas). A partir da terceira edição, de 1928, o livro – com o título Eu e Outras poesias – alcançou grande popularidade.

 O tema essencial da poesia de Augusto dos Anjos é o da consciência da morte, isto é, da consciência da finitude da vida humana expressa na locução latina memento mori, que significa “lembre-se de que vai morrer”, um tema muito antigo nas artes e na literatura.

 Sua poesia é conceituada também como “escatológica”, por expor nossa limitada e finita condição material com uma série de imagens do corpo não-sublimado e perecível; escatológica, também, porque fala do destino humano em meio ao mistério da vida que os seres humanos buscam angustiadamente entender.

 Outra característica de sua poesia é a tendência filosófica e cientificista. Ela geralmente é associada à influência da poesia científica que, no Brasil, a partir de Recife (PE), teve alguma repercussão na segunda metade do sec. XIX. Augusto tornou-se uma personalidade incômoda no ambiente literário brasileiro. A estranheza que sua poesia provocou e ainda provoca tem origem tanto nos seus temas, quanto no vocabulário e na linguagem.

Júlio Mendonça é poeta, doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) – São Paulo, especialista em Gestão Pública (UFABC) e coordena o Centro de Referência Haroldo de Campos da Casa das Rosas. No ano de 2013, foi responsável pela curadoria da exposição “Pontos Luminosos da poesia de Haroldo de Campos”, realizada pelo Metrô de São Paulo em parceria com a Casa das Rosas. Ministra diversas palestras e cursos na área de literatura.

 Exposição: Esdrúxulo! 100 anos da morte de Augusto dos Anjos De 12 de novembro a 1º de março de 2015

DPB com informações do ator  Edilson Dias

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Redação DiárioPB

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