GERAL

Alvidrio

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Como todo filho e filha desse nosso Brasil bem sabem por aqui o ano só se inicia depois do carnaval. E esse ano confere, especialmente, certa vantagem ao ócio criativo. Teremos bem mais feriados do que tivemos ano passado. Mais tempo para prestar mais atenção, se colocar a perceber as coisas ao seu redor.

Num tempo em que as pessoas parecem se preocupar tanto que já se imaginam encabrestadas, sem capacidade de olhar ao lado, de apenas seguir em frente. Momentos de rápida respiração e transpiração, de fôlegos amaldiçoados, e que suspirar enquanto seguia era tido como pecado, como heresia.

A infâmia tem permeado muitos discursos, e temos a precisão (tanto de acertar quanto de precisar) de pensarmos de livre vontade. Esperamos ter mais água, mais amor, mais humor, mais cumplicidade. Esticar essas linhas, para vermos até onde podemos nos permitir, e torná-las espirais helicoidais entre si. Trançá-las de força de vontade e de livre arbítrio, ao passo que orná-las de responsabilidade e sensibilidade nos é caro, no sério sentido do bom senso e da compaixão.

Chegou a hora do alvidrio ocupar seu espaço. E não por acaso, deve se alastrar por todos os cantos e confirmar as hipóteses da lei natural dos encontros. Por aqui aparecerão sucessivas linhas, mas não haverá escaninhos na estante desta coluna. Política, sociedade, ficção, fantasia, realidade, educação, palavrão, religião, sofisticação e simplicidade.

Pode entrar, e não precisa fechar a porta. Sinta-se à vontade.

João Jales é estudante de Comunicação Social na UFPB. Redator, assessor, ativista cultural e de Direitos Humanos, midialivrista, antiproibicionista e fã de ficção científica.

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Redação DiárioPB

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