Além do Haiti: cinco problemas que afligiram preparação da Seleção

DungaDunga e Gilmar Rinaldi tomaram todo o cuidado para planejar a preparação para a Copa América. Chegaram cedo aos Estados Unidos para um período de treinos, organizaram a logística, chamaram jogadores de idade olímpica para dar experiência. Mas nem tudo correu como esperado até agora. Com boa dose de azar, a Seleção se deparou com diversos problemas neste início de competição. Nesta quarta-feira, precisará mostrar que superou isso, ao enfrentar o Haiti, às 20h30 (de Brasília), no estádio do Orlando City, na Flórida, pela segunda rodada da Copa América. O GloboEsporte.com, a TV Globo e o SporTV transmitem o jogo ao vivo. O site também acompanha em Tempo Real.

– Essa competição vem dando muito trabalho para a gente fazer nosso trabalho. Então, a gente tem se concentrado muito, tem buscado conversar com todas as partes para poder chegar ao melhor possível. Sem dúvida nenhuma, em todos os aspectos é onde se tem mais trabalho – reconheceu Dunga.

Ausência de Neymar

Principal jogador da Seleção, o atacante ficou fora da Copa América por um acordo entre CBF e Barcelona, para que pudesse disputar a Olimpíada. Assim, Dunga ficou sem o jogador mais capaz de desequilibrar uma partida e teve de remontar o ataque da equipe – algo que ainda precisa de ajustes, segundo o próprio treinador.

Cortes

Seis jogadores convocados originalmente deixaram a Seleção ao longo da preparação. Cinco foram por problemas físicos: Douglas Costa, Rafinha, Ederson, Kaká e Ricardo Oliveira. Luiz Gustavo, com delicada situação familiar, pediu dispensa. Isso atrapalhou a montagem do time, pois as saídas aconteceram ao longo das semanas.

– Com os cortes, perdemos tempo, porque os jogadores que vêm têm que recomeçar, colocar as ideias novamente. Mesmo acontecendo tudo isso, dá para fazer um bom trabalho. Os jogadores estão entendendo. Tenho certeza de que a equipe vai crescer no decorrer do campeonato – disse Dunga.

Douglas Costa e Rafinha não foram a campo  (Foto: Reprodução/ Instagram)Douglas Costa e Rafinha durante exames: dupla foi cortada por lesão (Foto: Reprodução/ Instagram)

Problemas físicos

Ligados aos cortes, os problemas físicos da Seleção atrapalharam em outros níveis. Muitos jogadores chegaram após desgastante temporada na Europa. Assim, Dunga precisou controlar a intensidade dos treinos, algo que deixou claro desde o início. Alguns atletas não foram cortados, mas perderam atividades importantes ao longo da preparação. Miranda, por exemplo, ficou fora da estreia contra o Equador. O treinador lamentou a situação:

– Treinar muito não dá, dá pra treinar com qualidade, tem final de temporada, tínhamos falado desde o início que teríamos de ter todo cuidado. Tivemos, mas o corpo tem tempo de recuperação. Desgaste se paga no fim de temporada.

Tiros na UCLA

Estava tudo pronto para a Seleção treinar na Universidade da Califórnia, antes do duelo com o Equador. Mas, no dia, um aluno matou um professor e depois se suicidou; o campus ficou fechado, e, em cima da hora, a equipe teve que mudar o planejamento e treinar em outro lugar. No dia seguinte, com tudo liberado, foi possível treinar na UCLA.

– Tem acontecido coisas que talvez não sejam normais, mas temos que estar preparados para superá-las, independentemente das dificuldades, temos que achar solução. Quando acontece problema temos que estar prontos com resposta, esperamos não ter mais surpresas – ponderou Dunga.

Tempestade tropical na Flórida

Esqueça o céu azul e o sol forte de Orlando. O tempo estava bom por dias antes da chegada da Seleção. Foi só Dunga e seus comandados aterrissarem, que as coisas mudaram. Tempestades tropicais varreram a cidade e obrigaram o time a mudar de local de treino. Para preservar o gramado do estádio do Orlando City, as atividades de véspera aconteceram no campus da Universidade de Central Flórida.

Tempestade tropical Orlando (Foto: Felipe Schmidt)Tempestade tropical em Orlando: Seleção teve de mudar de local de treino (Foto: Felipe Schmidt)

Além da mudança de logística, a troca prejudicou a adaptação dos jogadores. O gramado do estádio do Orlando City é artificial, embora grama normal tenha sido colocada por cima para a Copa América. Ainda assim, o resultado é diferente do que os atletas estão habituados.

– Pelas informações que temos, o campo é artificial, mas foi colocada grama de rolo por cima. Fazer um treinamento, na questão técnica, seria importante, para a adaptação dos jogadores – explicou Dunga.

G1

Redação DiárioPB

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