INTERNACIONAL

Alberto Fernández põe exército na rua para garantir segurança em Rosário, cidade de Messi

A medida foi tomada após uma série de fatos ligados a violência que causaram comoção entre os argentinos

Por Marcia Carmo, correspondente do 247 na Argentina – O presidente argentino Alberto Fernández anunciou nesta terça-feira (7) o envio de 1.400 policiais federais para a cidade de Rosario, na província de Santa Fe. Fernández ordenou ainda que o Exército participe da urbanização dos bairros populares. As medidas foram tomadas após uma série de fatos ligados a violência que causaram comoção entre os argentinos.

Rosario é a terra do ex-guerrilheiro argentino-cubano Ernesto ‘Che’ Guevara (1928-1967) e do jogador da seleção de futebol do país, Lionel Messi. Com pouco mais de um milhão de habitantes, Rosario é conhecida também por ser o endereço do complexo portuário destinado às exportações de agronegócios da Argentina. Existem duas maneiras de entrar à cidade – uma delas pelos bairros pobres, de casas baixas. E outra, nas redondezas da orla do rio Paraná, onde as ciclovias, praças e esportes na areia compõem a paisagem da cidade.

Na semana passada, a desigualdade e o desafio da inclusão e segurança pública ficaram evidentes – sendo destaque na imprensa nacional e internacional. Um bilhete escrito à mão foi colocado na entrada do supermercado dos pais da mulher de Messi, Antonella Roccuzzo. “Messi, estamos te esperando”, dizia. Além do bilhete, o pai de Antonella, José Roccuzzo, um comerciante que cresceu no lugar, viu as marcas de bala contra seu mercado quando chegou cedo para trabalhar. Quando o abordam pedindo entrevistas, ele costuma dizer que o famoso da família é seu genro e não ele, avesso às câmeras e fiel a um estilo de vida sem ostentações, segundo moradores de Rosario.

Seu mercado é de porte médio e está longe de ser como os que conhecemos nas grandes cidades brasileira. O nome Messi acabou sendo um chamariz para a gravidade da situação social em Rosario. Ali, o jogador do PSG, onde joga com seu ‘hermano’ Neymar (como eles chamam um ao outro) tem empreendimentos com a família que incluem o setor imobiliário. Messi, Antonella e os três filhos viajam pelo menos uma vez por ano para Rosario, onde passam as festas de fim de ano. Citar o nome dele no bilhete ameaçador colocou o foco na problemática da cidade.
Nesta semana, um menino de 12 anos foi morto a tiros quando tinha saído de casa para comprar um refrigerante. Seu sonho era seguir os passos de Messi, como jogador de futebol. Segundo testemunhas, um carro parou e alguém atirou, atingindo três menores de idade – entre eles, Maximo Jerez. O caso gerou revolta, que incluiu saques, correrias e a decisão de Fernández de enviar os policiais federais, além de soldados do Exército – o presidente lembrou que no ano dos 40 anos da democracia argentina, o Exército pode participar com esta contribuição. Maximo, por sua vez, jogava num clube de bairro e uma das especulações é que o sobrenome de sua família possa ter sido confundido com o de um homem apontado como um dos líderes do narcotráfico. A diferença é que o criminoso teria o nome assinado com ‘G’ e não com ‘J’ – Gerez.

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Redação DiárioPB

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