A indicação de Sérgio Sá Leitão para o Ministério da Cultura (MinC) foi articulada pelo presidente da Câmara
A indicação de Sérgio Sá Leitão para o Ministério da Cultura (MinC) foi articulada pelo presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), mesmo quando o nome do deputado paraibano André Amaral (PMDB-PB) era o mais cotado para o cargo. A escolha de Leitão é uma tentativa de Michel Temer de agradar Maia e segurar os deputados do DEM na base aliada para a votação da denúncia por corrupção passiva, prevista em 2 de agosto. A experiência de Leitão na área também foi um diferencial.
Jornalista, Leitão trabalhou no MinC do governo Lula, primeiro como chefe de gabinete de Gilberto Gil e depois como secretário de Políticas Culturais. Em 2008, assumiu uma diretoria na Agência Nacional do Cinema (Ancine) e foi secretário de Cultura da cidade do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015. No ano passado, Sá Leitão apareceu na TV fazendo campanha para Marcelo Crivella (PRB), que acabou eleito prefeito do Rio. Especulou-se, então, que o jornalista voltaria à Secretaria de Cultura, mas Crivella acabou escolhendo Nilcemar Nogueira para a função.
Em maio, Leitão retornou à diretoria da Ancine por indicação do governo Temer. A presença do jornalista da Ancine acabou gerando a mais recente polêmica na pasta. Em junho, havia a indicação da produtora paulista Debora Ivanov para assumir o cargo de diretora-presidente da Ancine, mas o Planalto preferiu Leitão para o posto.
Com a ida de Sá Leitão para o MinC, a Ancine fica com duas cadeiras vagas. Uma delas deve ser ocupada por Fernanda Farah, uma ex-gerente do BNDES que já foi indicada pelo governo, mas ainda precisa passar pela sabatina do Senado. Os outros dois diretores são Debora Ivanov e Roberto Lima. Ainda não há informações sobre quem ocupará a presidência do órgão.
Da redação com Brasil 247