COLUNASCRÔNICAS DO COTIDIANO

A DESCOBERTA DE MARACUTAIAS

Os renitentes promotores de falcatruas, imaginam que suas tramoias nunca serão descobertas. Como são viciados em atos de corrupção, sem que tenham sido flagrados na trapaça, se acham tranquilos na convicção de que assim será por todo o tempo. Entram em pânico, porém, quando percebem que deixaram à mostra o “batom na cueca”., dificultando a negativa do óbvio. Aí o discurso de honestidade cai por terra, de forma inconteste. Insistem, no entanto, em fazer com que a verdade seja sempre posta em dúvida, buscando, assim, encontrar a tábua de salvação.

O que fazem às escondidas, quando colocado ao conhecimento público, derruba máscaras e revela uma realidade que procuravam ocultar a todo custo. Surpreendidos com a “mão na botija”, reagem com ameaças, em explícito intento de intimidação, porque impossibilitados de apresentarem justificativas convincentes de que não estavam executando atividades que contrariam a legalidade, a moralidade e a ética, no trato da coisa pública.

Há uma velha assertiva popular que diz: “as pessoas não mudam, revelam-se”. O teatro de fingimento não encontra mais espaço para encenação. A verdadeira face, enfim fica demonstrada. O mais interessante é que a surpresa se mostra mais para os que estão sendo apanhados na pilantragem, do que pelos que passam a tomar conhecimento de como ela estava acontecendo. Só eles compreendem que todo mundo acredita que são honestos.

Os embusteiros, metidos a espertalhões, esquecem que, a qualquer momento, as regras do jogo mudam, e os deixam em situação de desmoralização pública. Já testemunhamos vários desses acontecimentos. Não é fácil enfrentar esse tipo de constrangimento. Dificilmente os reis da maracutaia têm vida longa, na atividade de fraudes, logros e ilicitudes. Um dia eles perdem a oportunidade de continuarem protagonizando tais manobras corruptas, desfazendo a ideia de que prevalece a força dos poderosos. Nem sempre é assim. A maracutaia desenfreada, utilizada como combustível na política, de repente é surpreendida, encerrando carreiras até então bem sucedidas. É preciso expurgar da política aqueles que querem transforma-la em sinônimo de falcatrua.

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Rui Leitao

Rui Leitão nasceu em Patos e é radicado em João Pessoa. Jornalista, já foi responsável pela superintendência da Rádio Tabajara. Atualmente atua na Prefeitura da capital. Assinou colunas nos portais Paraibaonline de Campina Grande e Portalbip.

Redação DiárioPB

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