Vereadores afastam presidente da Câmara do Conde para apurar denúncias
A Câmara Municipal do Conde, na Grande João Pessoa, decidiu, na tarde desta segunda-feira (7), por oito votos a dois, afastar o presidente da Casa, Ednaldo Barbosa da Silva (PT), mais conhecido como Naldo Cell, por um período de 20 dias, para apurar denúncias de supostos atos de improbidade administrativa, favorecimentos pessoais e suspeita de desvio de recursos.
O pedido de afastamento foi formulado pelo vereador Malbatan Neto, o Malba de Jacumã (SD), por meio de um requerimento para que o Legislativo Municipal instaurasse uma comissão processante para apurar as denúncias contra o presidente. Com o afastamento de Naldo Cell, quem assumiu o comando da Casa foi o vereador Ricardo da Silva Pereira, o Irmão Kaká (PMDB), vice-presidente, que passou a ser o presidente interino e conduzir os trabalhos.
Com a aprovação do requerimento, o presidente interino também instaurou a Comissão Processante, presidida por Fernando Araújo (PTdoB), tendo como membros os vereadores Luzimar Nunes (PSDC) e Adriano Freire (PRTB), que inicia nesta quarta-feira (9) os trabalhos com a notificação do presidente afastado, que terá cinco dias para apresentar defesa. Dos 10 vereadores com direito a voto, apenas os vereadores Juscelino Correia (PPS) e Carlos André (PMDB) votaram contra a abertura do procedimento coontra Naldo Cell.
O vereador Malba disse que o pedido formulado por ele teve como base a falta de transparência administrativa, supostas alterações dos dados no Sagres do TCE e até possível superfaturamento na compra de cafezinho, bem como do conjunto probatório utilizado em uma ação popular ajuizada pelo agricultor Sebastião Freire e pelo corretor de imóveis Tiago André Santos Correa de Oliveira, que teriam desistido de demanda judicial, mas acusavam Naldo Cell de várias irregularidades, dentre elas contratar a construtora da mãe sem processo licitatório para realização da reforma da sede da Câmara Municipal.
O presidente afastado foi procurado para falar sobre o assunto, mas não quis se pronunciar, disse que o houve foi apenas o pedido de instauração de comissão processante e classificou as denúncias como “moído” e que irá comprovar as regularidades de seus atos.
Portal Correio