GERAL

Um mar de carnes

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E os anos passam. Os ciclos se renovam, a vida segue. Se liquefazer em Bauman tem sido a solução pra tanta dinâmica nas relações atuais, e como disse Eduarda Costa, “a boda que se foda”. Não nos limitemos às convenções tradicionais patriarcais machistas caucasianocêntricas.

Algumas pessoas perguntariam o porquê disso logo depois do Carnaval, mas é justamente isso: o momento se mostra mais que propício. Quer relação mais diluída que o beijo casual do carnaval? Que o encontro apertado, entre ruelas e ladeiras, dentro de banheiros, enfiados em becos, encostados em cercas ou em árvores?!

Sim, sim, tudo se dilui, escorre e desce sarjeta abaixo, até chegar o pé da ladeira. E a vontade de dar amor, de sentir amor, de encontrar amor, por um instante, por um minuto, por um segundo… é fadada à incerteza. Incerteza dessa insalubridade do terreno. As margens por onde o amor flui são infestadas de tantas outras coisas que o igarapé do afeto passa por entre os nossos olhos, e talvez nunca voltemos àquele instante.

Poderia ter sido “um rio que passou em minha vida”. Poderia, mas cá estamos nós falando novamente em tempos e modos inapropriados. Sim, poderia. E se não foi, por que haverá de não haver (se é que isso é inteligível) de ser? O importante é nadar e navegar, oras!

Ah, as relações… Sigamos sorrindo. E sibilando.

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Redação DiárioPB

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