Tributo a Gonzaguinha acontece neste sábado em João Pessoa
Os 20 anos do Tributo em homenagem ao cantor e compositor Gonzaguinha acontece neste sábado (17) a partir das 20h, no Bar do Baiano, na Rua dos Ipês, 30 (por trás do Shopping Sul), em João Pessoa. O evento é organizado pela jornalista Fátima Sousa (Mana) e um grupo de amigos ativistas culturais. A entrada é franca.
‘Gonzaguinha vive’
Vários artistas paraibanos, entre eles o compositor Junior Targino, a intérprete Elaine Araújo e a poetisa Eunice Boreal, já confirmaram presença. O tributo faz parte do Projeto “Gonzaguinha Vive”. Na sua vigésima versão, a programação está recheada de músicas, poesias e performances, baseadas na obra do artista. Anualmente o evento reúne centenas de fãs do saudoso poeta e músico da autêntica MPB.
“A proposta é reunir pessoas que realmente apreciem a obra de Gonzaguinha e isso tem se constituído numa realidade netes vinte anos. A expectativa é reunir dezenas de pessoas de diversas gerações, numa grande confraternização, a exemplo dos anos anteriores” , estima Mana.
O maestro Roberto Araújo assina a produção musical. Também tem a participação do Coral Voz Ativa, regido pelo maestro Luiz Carlos Otávio, os artistas Edu e Elaine Araújo, Jorge Remígio, Betinho e Renato Lucena, a atriz Ana Lúcia e outros. Na dinâmica do evento, pessoas que não são artistas, também dão sua “canja”, envolvendo o momento na mais completa integração e irmandade.
Poesia, dor e alegria
Gonzaguinha nasceu e cresceu no Morro de São Carlos, no Rio de Janeiro. Era filho de Luiz Gonzaga com a cantora de cabaré Odaléia, falecida nos primeiros anos de vida do artista. Foi criado pelos padrinhos Baiano e Dina.
Viveu a infância subindo e descendo o morro, mas essa vulnerabilidade social não conseguiu que seus sonhos fossem desviados. Sua qualidade musical o coloca ao lado de nomes como Chico Buarque de Holanda, Ivan Lins, Aldir Blanc e outros famosos da MPB.
A obra de Gonzaguinha tem a marca de um porta-voz do povão, do trabalhador explorado, das mulheres, das crianças de rua, enfim, das minorias deste país. Nestes 22 anos de ausência sua obra continua viva. Poucos não se rendem à sua poesia, ora lírica e romântica, ora de protesto, numa luta constante em busca da cidadania do povo brasileiro. “A obra de Gonzaguinha continua muito atual”, considera a jornalista.