Totonho lança terceiro álbum através de financiamento colaborativo
Carlos Antonio Bezerra da Silva, depois de 12 anos do disco Sabotador de Satélite (2015) e 2 anos do último trabalho, o EP Côco Ostentação, se prepara agora para lançar o novo álbum Samba Luzia Gorda através de campanha de financiamento coletivo no Catarse, que se encerra dia 4 de outubro. O disco conta com produção musical de Mauricio Tagliari e coprodução da YB Music, sem falar nas participações especialíssimas de Otto, Moreno Veloso, Quinteto da Paraíba, André Abujamra, Manoel e Felipe Cordeiro, Cassiano Ziryab Cassiano De Sa, Mbeji/Baile das Pombagira e o Maestro Jorge Ceruto. Pra fechar o pacote, as artes de capa e encarte são de Shiko.
Navegando por elementos distintos da música, que vão do tradicional ao contemporâneo, Totonho e Os Cabra carrega em sua sonoridade um misto de ritmos nordestinos, urbanos e batidas eletrônicas, complementada com letras de conteúdo social.
Totonho é natural de Monteiro e funda seu arquétipo de composições a partir da rica cena de repentistas locais e ícones da poesia nordestina. Lá foi vendedor de buchada de bode e assistiu à muitas cantorias de repentistas da região. Foi quando teve seu primeiro contato com a música. “Minha casa vivia cheia de gente, então me acostumei a vê-los pela casa. Você sabia que Monteiro foi durante muito tempo considerada a Meca dos repentistas nordestinos?” declara Totonho.
Em 82 resolveu que queria mesmo seguir a carreira de músico e foi para João Pessoa, onde fundou o Musiclube da Paraíba, uma cooperativa de compositores por onde passaram nomes como Chico César, Jarbas Mariz e os irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró, entre outros. Já premiado e conhecido como um dos melhores compositores da região, em 1988 se muda para o Rio de Janeiro para iniciar formação em arte educação e lá coordenou e fundou diversas ONGs, entre elas, a EX-COLA e o Grupo Cultural Afro Reggae, entre outras.
Embora já tivesse quase duas décadas de carreira, uma turnê pelo projeto Pixinguinha e importantes shows com grandes nomes da MPB, seu primeiro registro fonográfico só saiu em 2001 pela gravadora Trama com produção de Carlos Eduardo Miranda e em 2005 lançou o segundo álbum “Sabotador de Satélites” com a mesma gravadora e produtor. Ainda possui em sua carreira duas Coletâneas internacionais da Nova Música Brasileira, selo Toten França, e o Coletivo Hip Hop do Mundo, Selo África Mundi/U.S., produzida pelo americano Malvin Gibson.
Em 2015, a partir de uma ação ativista de levar música para espaços públicos da grande João Pessoa de forma independente em parceria com o compositor Seu Pereira, lança um trabalho de “Funks Rurais” inspirado pela força da poesia regional, o EP “Coco Ostentação”.
Na sua jornada pelo mundo musical, Totonho coleciona concertos internacionais na Ucrânia, Londres, Bélgica, França, Guatemala, Portugal e Rússia. No Brasil já tocou em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Crato, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Manaus, Belém, Boa Vista, Macapá, São Luís, Teresina, Natal, Brasília, João Pessoa, entre outras.
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