Titãs: 5 dos 8 membros da formação clássica saíram da banda

TitãsA saída de Paulo Miklos, que foi anunciada nesta segunda-feira (11), marcou a quinta baixa da formação clássica do Titãs. Dois oito integrantes daquele time, já haviam deixado o grupo Arnaldo Antunes (em 1992), Nando Reis (em 2002) e Charles Gavin (em 2010). O guitarrista Marcelo Fromer morreu em 2001.

Restam agora Branco Mello, Sergio Britto e Tony Bellotto. Juntam-se a eles o guitarrista Beto Lee, filho de Rita Lee, e o baterista Mario Fabre, que vinha tocando com o Titãs desde 2010 na condição de “músico convidado” e agora passa a ser efetivado.

Trajetória
O Titãs começou a carreira em 1982 por iniciativa de um grupo de amigos do Colégio Equipe, em São Paulo. No princípio, a banda se chamava Titãs do Iê-Iê e tinha nove membros: Arnaldo, Nando, Branco, Miklos, Tony, Sergio, Fromer, André Jung e Ciro Pessoa.

Ciro saiu antes mesmo do lançamento do primeiro disco, “Titãs” (1984). Jung, que na estreia tocou bateria, foi substituído por Gavin no trabalho seguinte, “Televisão” (1985), e passou a fazer parte do Ira!. Em abril, Paulo Miklos postou no Facebook uma imagem com a seguinte legenda: “Primeira foto de todos os tempos #titãs #brock #rockbrasileiro #anos80 #ruaaugusta #saopaulo”. Na imagem (veja abaixo), estão Ciro e André.

A formação clássica do Titãs ficou conhecida ainda pelos álbuns Cabeça dinossauro” (1986), “Jesus não tem dentes no país dos banguelas” (1987), “Go back” (1988), “Õ Blésq Blom” (1989) e “Tudo ao mesmo tempo agora” (1991). Uma das marcas da carreira da banda é justamente o divórcio amigável entre seus integrantes.

Os músicos que saíram do grupo voltaram a fazer participações em shows e eventos comemorativos. O próprio Paulo Miklos elogiou a sua ex-banda. “Deixo mais que amigos na melhor banda de todos os tempos da música brasileira, que segue em frente”, escreveu.

Veja, abaixo, quais os ex-integrantes da formação clássica do Titãs:

Arnaldo Antunes

Arnaldo Antunes (Foto: Marcia Xavier/Divulgação)Arnaldo Antunes (Foto: Marcia Xavier/Divulgação)

Um dos vocalistas e compositores do Titãs desde o início da banda, deixou a banda em 1992, entre “Tudo ao mesmo tempo agora” (1991) e “Titanomaquia” (1993). Iniciou carreira solo com discos como “O silêncio” (1996), “Um som” (1998), “O corpo” (2000), “Saiba” (2004), “Qualquer” (2006) e “Iê iê iê” (2009). Colaborou com o projeto Pequeno Cidadão e com Os Tribalistas, com Marisa Monte e Carlinhos Brown, no bem-sucedido álbum homônimo em 2002. Também poeta e publicou mais de 20 livros. Com “As coisas” (1992), ganhou o Prêmio Jabuti.

Nando Reis

Nando Reis brindou os fãs com um repertório recheado de hits, em Manaus (Foto: Gabriel Machado/G1 AM)Nando Reis (Foto: Gabriel Machado/G1 AM)

Baixista e um dos vocalistas do Titãs, Nando Reis é um dos fundadores da banda. Saiu em 2002, depois de”A melhor banda de todos os tempos da última semana” (2001). Já lançou 15 discos solo, entre trabalhos ao vivo e em estúdio. O mais recente foi “Voz e violão – No recreio – Volume 1” (2015). Também se consolidou como um dos principais compositores da música pop brasileira atual. Ajudou a fazer hits gravados por Skank (como “Resposta”), Jota Quest (“Do seu lado) e Cássia Eller (“O segundo sol” e outras).

 

Charles Gavin

O músico e pesquisador Charles Gavin (Foto: Alexandre Durão/G1)O músico e pesquisador Charles Gavin (Foto:
Alexandre Durão/G1)

O baterista saiu da banda em fevereiro de 2010. Assim como Paulo Miklos, resolveu se dedicar a projetos pessoais. Antes da banda, ele chegou a integrar formações iniciais do Ira! e do RPM. Desde a época dos Titãs já se dedicava a pesquisar e produzir trabalhos de outros artistas, no selo Bangela. Hoje segue dedicado ao trabalho de pesquisador, assinando livros e coletâneas de música brasileira. Apresenta o programa “O som do vinil”, no Canal Brasil.

 

Paulo Miklos

Paulo Miklos anima o público no tributo a Cazuza (Foto: Luciano Oliveira/ G1)Paulo Miklos (Foto: Luciano Oliveira/ G1)

Paulo Miklos comentou sua saída em comunicado nesta segunda-feira (11). “Chegou a hora de alçar voo sozinho, mas levando comigo a escola e a família titânica na minha formação como artista e pessoa. Deixo mais que amigos na melhor banda de todos os tempos da música brasileira, que segue em frente”, escreveu, lembrando as mais de três décadas que esteve no Titãs (“34 anos são uma vida”).
 

Marcelo Frommer

Primeira formação do Titãs: no alto (a partir da esq.): Sergio Britto, Branco Mello, Ciro Pessoa, Marcelo Fromer, Tony Bellotto; abaixo: André Jung, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Nando Reis (Foto: Reprodução/Facebook/Paulo Miklos)Primeira formação do Titãs: no alto (a partir da esq.): Sergio Britto, Branco Mello, Ciro Pessoa, Marcelo Fromer, Tony Bellotto; abaixo: André Jung, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Nando Reis (Foto: Reprodução/Facebook/Paulo Miklos)

O músico morreu aos 39 anos, em 13 de junho de 2001, durante a segunda onda de sucesso dos Titãs, entre os discos “As dez mais” (1999) e “A melhor banda de todos os tempos da última semana” (2011). Ele foi atropelado por uma moto ao tentar atravessar uma avenida de São Paulo, enquanto fazia cooper, e teve traumatismo craniano. O motoqueiro fugiu antes da chegada do resgate. Dois dias depois, foi anunciada a morte cerebral.

G1

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Redação DiárioPB

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