Senador Lindbergh Farias participa de plenária “diretas-já” em João Pessoa

Lindbergh FariasO senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que é natural de João Pessoa, participará da plenária “Diretas Já” nesta terça-feira (10), a partir das 18h, na sede do Sindicato dos Bancários, em João Pessoa.  Ele participará de um debate que aprofundará a análise do governo do presidente Michel Temer, cuja legitimidade o Partido dos Trabalhadores contesta. Lindbergh é um dos parlamentares da linha de frente do petismo na crítica contundente ao atual governo e na reivindicação por eleições urgentes para a Presidência.

Ao criticar o governo Temer, ele se referiu ao que chama de inércia da atual gestão quanto a soluções para os problemas que se agravam dentro dos presídios, com matanças entre grupos rivais que lutam pelo controle do poder interno. A isto se soma, a seu ver, o problema da superlotação de penitenciárias. “É evidente para toda a sociedade que o sistema prisional entrou em colapso e é doloroso constatar que o governo, além de insensível, não tem soluções eficazes para essa tragédia”, alertou Lindbergh em pronunciamentos na tribuna do Senado. Ele tem pontuado que o governo Temer criou expectativas falsas para a sociedade e que isto tem se refletido no alto índice de desaprovação da gestão em pesquisas de opinião pública.

Em 1992, como presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lindbergh Faerias arregimentou estudantes, denominados de “caras pintadas” para defenderem, nas ruas, o impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Melo, acusado de corrupção e de acobertamento de atividades ilícitas do seu ex-tesoureiro de campanha Paulo César Cavalcanti Farias. Collor foi afastado do cargo, sendo substituído pelo vice Itamar Franco, e ainda teve os direitos políticos cassados por um período de oito anos. Voltou à cena política e hoje é senador pelo Estado de Alagoas.

No processo recente de impeachment de Dilma Rousseff, Lindbergh Farias agiu partidariamente, colocando-se contra o processo que teve a supervisão do Supremo Tribunal Federal e se desenrolou no âmbito do Congresso Nacional. Dilma também foi acusada de atos ilícitos e de praticar “pedaladas fiscais” que teriam sido detectadas pelo Tribunal de Contas da União.

No entanto, os petistas, entre os quais Lindbergh, sustentaram que o afastamento da mandatária constituiu um golpe contra a democracia e contra as instituições, orquestrado pelo PMDB, que tinha interesse direto em fazer o vice Michel Temer ascender à titularidade e por outros partidos contrários ao PT, a exemplo do PSDB e do DEM. Desde então, lideranças do PT têm percorrido o país repetindo a cantilena do “golpe” e, agora, encampando abertamente o movimento por eleições diretas-já, na tentativa de sensibilizar setores da opinião pública a reforçarem o coro pela saída de Michel Temer do cargo.

Lindbergh acredita que o movimento em curso ganhará reforço substancial a partir da investidura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na presidência nacional do Partido dos Trabalhadores. Para ele, Lula também foi vítima de “orquestração”, que se mantém até hoje, com tentativas de geração de fatos que possam levá-lo, inclusive, à prisão.

“Tudo é reflexo de uma conspiração política-midiática orquestrada pelos que nunca absorveram a ascensão legítima do Partido dos Trabalhadores”, expressa Lindbergh, numa prévia do que pretende expor no debate hoje à noite em João Pessoa.

Redação com WScom e os Guedes

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