Robert De Niro faz 80 anos nesta quinta-feira, 17 de agosto de 2023. Ítalo-americano, nascido em Nova York, 50 anos de carreira se contarmos a partir de Caminhos Perigosos, ele é um dos maiores atores de cinema do mundo.
Em 1973, Robert De Niro foi dirigido por Francis Ford Coppola na segunda parte da trilogia O Poderoso Chefão. Em 1976, por Bernardo Bertolucci em 1900. Ainda em 1976, por Elia Kazan em O Último Magnata. Em 1978, por Michael Cimino em O Franco Atirador. Em 1984, por Sergio Leone em Era Uma Vez na América. Em 1987, por Brian De Palma em Os Intocáveis. Também em 1987, por Alan Parker em Coração Satânico. Em 1997, por Quentin Tarantino em Jackie Brown.
Quem projetou De Niro internacionalmente foi O Poderoso Chefão II. Ele ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante fazendo o jovem Vito Corleone, personagem que, na primeira parte da trilogia, foi imortalizado por Marlon Brando.
Mas, como síntese extraordinária da sua trajetória, o melhor de Robert De Niro está na parceria com o diretor Martin Scorsese. De Caminhos Perigosos (1973) a Assassino da Lua das Flores (2023), são 10 filmes. Grandes atuações em grandes filmes. Um deles, Touro Indomável, de 1980, deu a De Niro o Oscar de Melhor Ator.
De Niro e Scorsese são ítalo-americanos de Nova York. Poderiam muito bem ter seguido caminhos semelhantes aos dos personagens de Os Bons Companheiros. Mas encontraram no cinema a porta para a realização profissional e artística, além do sucesso e do reconhecimento mundial.
A parceria de Robert De Niro com Martin Scorsese lembra outras parcerias célebres do cinema entre atores e diretores. Cito a de John Wayne com John Ford e a de James Stewart com Alfred Hitchcock.
De Niro trabalhou com muitos diretores, Scorsese dirigiu muitos atores, mas, em retrospecto, o que há entre este e aquele é um “casamento perfeito” que começa nos homens jovens que há meio século fizeram o vigoroso Caminhos Perigosos e os alcança na velhice no admirável O Irlandês (2019) e, agora, em Assassino da Lua das Flores, que chega brevemente aos cinemas.
Em O Rei da Comédia, que Scorsese realizou em 1983, De Niro é um fã que sequestra o ídolo, um comediante famoso. Num papel sério, quem faz o comediante é Jerry Lewis. No ainda recente Coringa, de 2019, De Niro é o apresentador de um talk show assassinado pelo personagem central da trama. Com o próprio De Niro em cena, Coringa presta uma homenagem a esse gigante do cinema.
DiárioPB com Jornal da Paraíba
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