“Raparigas do Chico” é o novo bloco sensação

Raparigas de ChicoO Bloco Raparigas de Chico animou a Avenida Tabajaras, ontem (25), no Centro da Capital. O jornalista Walter Santos compareceu ao bloco, que acontece desde 2012, e já se mostra como um dos mais animados da Folia da Capital paraibana.

Classe Média elege “Raparigas do Chico” como novo Bloco preferido

Sábado aconchegante defronte ao Sebo Cultural fartamente nutrido de música de qualidade diante de uma quantidade expressiva de pessoas oriundas de todas as condições de gênero e “papo cabeça”, das várias gerações em cumplicidade com o Bloco “Raparigas de Chico” – o novo abrigo preferencial e de Fantasia da Classe Média de João Pessoa.

Não que o Novo Eleito afete os demais Blocos do Folia de Rua, a partir do Muriçocas do Miramar e Cafuçu etc – ambos criados por essa gente inquieta da Classe Média, a partir dos sopros universitários, da classe artística e de pessoas de vários níveis convergindo com o senso crítico e intelectual sob o embalo do maior dos poetas musicistas do Brasil.

Nada disso. O Preferencial é o que é porque despertou em várias gerações o sentimento de inquietude afetado pelas verdades poéticas de Chico Buarque.

Cada canção é como simbolize o Alimento da alma a partir de cada cenário onde qualquer um faz sua sintonia com a essência musical de Chico se transformando em bálsamo e viagem emocional.

ALÉM DO TORPOR

A embriaguez que se multiplica e deixa muita gente em êxtase durante o Bloco está muito além das bebidas alcoólicas, do baseado ou de outro estímulo qualquer.

Está até fora dos psicotrópicos estimulantes, porque muito do que se processa de euforia ou tristeza independe de fatores outros. Está no quengo, no tutano de cada um.

Mas no Bloco “Raparigas do Chico” não há nada mais forte do que a convergência de pessoas em sintonia com a essência de cada canção chicobuarqueana porque somente ele soube e sabe interpretar as dores, fantasias, lutas, encantos, desencontros, separações e a alegria de viver.

É PROIBIDO PROIBIR

O Bloco conquistou de vez as diversas gerações porque seu amparo e foco se revertem em viagem no tempo embalando a ponte entre o Brasil e nossa Aldeia Tabajara convivendo com a sabedoria de Chico em satisfazer não só as mulheres – em tese a causa / razão de se despojarem numa condição de outra – mas também aos marmanjos, as lésbicas, homessexuais, trans – pois no “Raparigas do Chico” só retomar o prazer das Fantasias, das memórias – só isto basta.

Em síntese, o Bloco perpassa a condição de gênero porque a paixão pela obra de Chico está além de sexo e condição social.

É tudo pura sintonia e muito afeto por sua obra e pessoa.

WSCOM

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Redação DiárioPB

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