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Protestos da França contesta Globalização ao valorizar Agenda Local

protestos na françaNeste sábado, 15 de dezembro de 2018, pelo quinto final-de-semana consecutivo, a França volta a registrar, em diversas cidades, uma série de protestos em oposição às medidas do Governo Macron.

Esses acontecimentos extrapolam o universo da realidade francesa para simbolizar, 50 anos depois de 1968, que o País volta a vanguarda do cenário internacional ao contestar a nova ordem econômica que, baseada nos princípios da Globalização, pretende deixar de lado as questões locais ao desconsiderar as demandas sociais, políticas e culturais das pessoas que habitam o planeta. A globalização teima em desumanizar as medidas econômicas e ignorar as especificidades, as diversidades regionais e nacionais e o sentido de identidade. A existência humana nesse processo de globalização não é trazida para o centro das decisões econômicas.

A onda de protestos na França captura bem esse momento histórico. Vai além da reação ao aumentos do combustível – a eterna raiz das grandes guerras na humanidade – e das medidas amargas no campo trabalhista que desfazem conquistas anteriores.

O EXEMPLO DE 1968
A série de protestos na França em 2018 refaz a história do país e poderá influenciar os vários continentes do Ocidente, como se deu 50 anos atrás, com a disseminação das manifestações culturais de vanguarda que repercutiram em todo o Mundo e propiciaram uma época de renovação de valores no final do século XX.

Cinquenta anos depois, a força da França como referência extrapola o conceito cultural para se impor como forte contestação ao modelo Neoliberal que quer impor suas determinações de forma universal. A França contesta. Para os franceses, nada é mais importante do que alinhar e respeitar o interesse local.

Os franceses têm desde a Revolução de 1789 a consciência política de Igualdade, Liberdade e Fraternidade num patamar de importância consistente, renovada em 1968 e, agora, em 2018, porque para eles nunca as determinações do Capital vão se impor sobre os direitos civis e coletivos do País.

É isto o que serve de grande estandarte da França perante o Mundo, em especial ao Brasil, agachado aos interesses neoliberais.

WSCOM

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Redação DiárioPB

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