Vice-presidente do Flamengo é preso pela Polícia Federal
Levado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na manhã desta quinta-feira, por conta da Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato, o vice-presidente de Futebol do Flamengo, Flávio Godinho, é o homem de confiança do presidente Eduardo Bandeira de Mello. Ele é acusado de, ao lado de Eike Batista, de quem era braço direito, pagar US$ 16,5 milhões de propina a Sergo Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro.
No Flamengo, Godinho participa diretamente das negociações do clube com reforços. O advogado assumiu como vice de Futebol do Rubro-negro no fim de 2012, após Bandeira de Mello ser eleito presidente. Seu papel é o de gestor de futebol, onde tem a palavra final no departamento, acima do diretor executivo, no caso, Rodrigo Caetano.
Em agosto de 2013, Godinho chegou a deixar o cargo no clube. Retornou em agosto de 2015, nos últimos meses do mandato do atual presidente, antes de ele tentar a reeleição – que foi concretizada. Na segunda passagem, o dirigente atuou com mais poderes, como o direito de interferir em todos os setores do clube, incluindo o futebol. Godinho passou a participar efetivamente do planejamento do elenco para 2016 e 2017.
Godinho é investigado por corrupção ativa com o uso de contrato fictício, além de ser acusado de participar de ocultação e lavagem de dinheiro das propinas que eram recolhidas das empreiteiras que faziam obras públicas no Rio de Janeiro. Em setembro do ano passado, o vice-presidente do Flamengo já havia sido conduzido coercitivamente à sede da PF no Rio, também por causa da operação Lava Jato.
Formado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Godinho trabalhou como executivo da empresa EBX.