Presidente eleito do México quer permanecer no Nafta e laços amigáveis com EUA
López Obrador venceu a eleição de domingo, com mais que o dobro dos votos de seu adversário mais próximo, em um golpe para partidos tradicionais, e se tornando o primeiro político de esquerda a conquistar a Presidência do México desde o fim de um governo de partido único no ano 2000.
“Nós vamos acompanhar o atual governo nessa negociação, vamos ser muito respeitosos e vamos apoiar a assinatura do acordo”, disse ao canal Milenio TV em entrevista por telefone, dizendo que o objetivo é um acordo do Acordo de Livre Comércio da América do Norte que seja bom para o México.
Ele também disse que irá buscar um diálogo franco e relações amigáveis com os Estados Unidos. López Obrador, que assumirá o poder em dezembro, disse que irá discutir o Nafta com o atual presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, em sua primeira reunião após a eleição marcada para terça-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem sido abertamente contrário ao México em questões comerciais e de imigração desde sua própria campanha presidencial. As atuais negociações do Nafta começaram no ano passado depois que Trump pediu que o acordo fosse revisado para beneficiar mais os interesses de Washington.
Embora Trump tenha parabenizado López Obrador em publicação no Twitter na noite de domingo, um assessor da Casa Branca depois reiterou uma das promessas de campanha mais controversas do presidente dos Estados Unidos.
“No caso do México, obviamente nós compartilhamos uma fronteira com eles (e) esse presidente tem sido muito claro sobre construir um muro e fazer o México pagar por ele”, disse Kellyanne Conway à Fox News.
Políticos mexicanos têm dito há muito tempo que o México não irá pagar pelo muro proposto por Trump, que ele diz ser necessário para impedir a entrada de imigrantes ilegais e de drogas.
López Obrador já disse que quer tornar o México mais independente economicamente dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, ele espera convencer Trump a ajudar a desenvolver o México e a América Central para conter a imigração ilegal.
Reuters