PIB da Argentina despenca 1,6% em 2023 e classe média corta gastos até com alimentos
Desde dezembro, quando o presidente de extrema direita Javier Milei assumiu o cargo, até fevereiro, a inflação acumulada ultrapassou os 70%
A crise econômica na Argentina, cujo Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 1,6% no ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec), órgão nacional de estatísticas do país, está causando um forte impactando a classe média, levando ao corte de gastos que vão desde supérfluos a até mesmo itens básicos, como alimentos.
Segundo a agência de notícias AFP, desde dezembro, quando o presidente de extrema direita Javier Milei assumiu o cargo, até fevereiro, a inflação acumulada ultrapassou os 70%. No período, não houve nenhum aumento salarial. Ao longo de 12 meses, o índice inflacionário chegou a cerca de 280%, resultando em uma contínua deterioração do poder de compra e, consequentemente, do consumo. Atualmente, a pobreza afeta um em cada seis argentinos .
A situação se deteriorou ainda mais desde que Milei reduziu os subsídios ao transporte, combustível e serviços, além de eliminar regulamentações que controlavam os contratos de aluguel e os preços dos serviços médicos privados. Isso se somou à crise inflacionária desencadeada por uma desvalorização de 50% apenas alguns dias após sua posse. Ce lá para cá, os salários perderam cerca de um quinto de seu poder de compra (18%), a pior queda em 21 anos, de acordo com o índice oficial RIPTE.
Com Brasil 247
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