Pazuello torna-se investigado no STF pela morte de pacientes sem oxigênio em Manaus durante a pandemia
Segundo o MP, 31 pessoas morreram sem oxigênio em dois dias. Documentos da AGU mostram que Pazuello tinha conhecimento do "iminente colapso do sistema de saúde" do Amazonas
O ex-ministro da Saúde e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) enfrenta mais um revés, desta vez relacionado às mortes por falta de oxigênio em hospitais de Manaus durante o auge da pandemia de Covid-19. Após ser citado na delação de Mauro Cid como um dos generais do Exército envolvidos em um suposto plano de golpe de Estado, Pazuello agora é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua conduta durante a crise sanitária na capital do Amazonas, informa a revista Veja.
A investigação tem como relator o ministro Gilmar Mendes. O Ministério Público identificou que 31 pessoas morreram por falta de oxigênio nos dias 14 e 15 de janeiro de 2021, quando o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso. Documentos da Advocacia-Geral da União (AGU) revelaram que a gestão Pazuello tinha conhecimento do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas dez dias antes da tragédia.
A situação coloca Pazuello sob um intenso escrutínio público e jurídico, especialmente por sua gestão à frente do Ministério da Saúde durante a crise sanitária. Além das mortes por falta de oxigênio em Manaus, a investigação em curso no STF também apura a conduta de Pazuello, de Jair Bolsonaro (PL) e de outros bolsonaristas em relação à pandemia de Covid-19.
Com Brasil 247