Palmeiras luta, mas Boca Juniors chega à final da Libertadores com mais um gol de Benedetto

Wilmar RoldánO Palmeiras lutou bastante, mas não conseguiu superar o Boca Juniors na noite desta quarta-feira, na arena alviverde, no jogo de volta da semifinal da Libertadores. Com o empate em 2 a 2, o Boca se classificou para a final da competição continental por ter vencido a partida de ida, na Bombonera, por 2 a 0. O gol de empate foi do atacante Benedetto, que já tinha marcado duas vezes em Buenos Aires. E a decisão será argentina: o River Plate eliminou o Grêmio na terça-feira ao ganhar por 2 a 1 em Porto Alegre.

Na última rodada do Grupo 8, ainda sob o comando de Roger Machado, o Palmeiras venceu o Junior Barranquilla na arena por 3 a 1 e garantiu a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores. Mas, por tabela, ajudou a classificar o Boca Junior para as oitavas. Depois do jogo, Felipão foi questionado se o Verdão não deveria ter entregado aquele jogo para eliminar antes o adversário da semifinal… E respondeu na lata:

– Seria uma vergonha mundial. O time do Palmeiras, ou qualquer outro time, tem de jogar futebol e jogar para vencer, como fez. Não existe isso. Temos respeito na profissão – afirmou o técnico.

Será a 11ª final de Libertadores do Boca Juniors: o time argentino tem seis títulos (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007) e quatro vices (1963, 1979, 2004 e 2012). O Palmeiras foi a quatro decisões (1961, 1968, 1999 – quando ganhou – e 2000).

Aos 9 minutos do primeiro tempo, quando o jogo ainda estava 0 a 0, Bruno Henrique mandou para a rede uma bola cruzada por Dudu, mas o gol foi anulado com a ajuda do árbitro de vídeo. Um minuto depois, antes de a partida recomeçar, o árbitro colombiano Vilmar Roldán, alertado pelo chileno Julio Bascuñán, marcou impedimento de Deyverson no início da jogada. O juiz nem quis ver o lance no monitor de TV ao lado do campo.

No primeiro tempo, Felipe Melo e Deyverson fizeram o tradicional gesto do árbitro de vídeo pedindo que Roldán fosse verificar o monitor. Aos 26, Felipe Melo tomou cartão amarelo por supostamente acertar uma cotovelada em Pérez – e o volante queria a prova de que não tinha feito nada. Aos 47, Pérez cortou um cruzamento para a área com o braço colado no corpo; Deyverson ficou maluco, mas nem escanteio o juiz deu.

Felipão sofreu com o Palmeiras ao lado do gramado, mas o técnico adversário, Gustavo Schelotto, teve que acompanhar a partida do alto por causa de uma suspensão. Até de falar com seus jogadores, antes ou no intervalo da partida na arena, ele estava proibido. Seu irmão Gustavo é quem ficou no banco de reservas.

O primeiro tempo começou quente na arena do Palmeiras. Empurrado pela torcida, o Verdão tentou encurralar o Boca Juniors com três bolas cruzadas para a área. Aos 9 minutos, na primeira bola trabalhada pelo chão, Bruno Henrique completou para a rede uma bola cruzada por Dudu, mas o árbitro colombiano Vilmar Roldán, auxiliado pelo VAR, marcou impedimento de Deyverson no início da jogada. Depois disso, o Boca passou a ter a bola nos pés e, na base do toque, abriu o placar aos 17, com Ábila ultrapassando Luan após cruzamento de Villa. Então, aberto, o jogo ficou lá e cá. Mais nervoso, o Palmeiras chegou de forma menos organizada, mas perigosa. Só que o Boca também teve chance de aumentar a vantagem: foram seis finazalições cada, com três chance reais de gol para a equipe argentina contra duas da equipe brasileira.

Com a missão de fazer quatro gols para ser finalista, o Palmeiras foi para cima desde o primeiro minuto do segundo tempo. E a pressão deu certo com dois gols de zagueiros: aos 7, Luan empatou o placar; aos 15, em pênalti sofrido por Dudu, Gómez virou para o Verdão. Felipão teve que tirar Willian, machucado, mas Borja quase fez o terceiro gol alviverde assim que entrou, aos 17. O problema é que, aos 24, Benedetto, que já tinha feito os dois gols argentinos na partida de ida, novamente entrou e foi para a rede. Com o 2 a 2, o Verdão teria que fazer mais três gols na metade final do segundo tempo; por isso, o ritmo caiu. Aos 31, Zárate ainda acertou a trave de Weverton. O Palmeiras terminou com 63% de posse de bola e 19 finalizações contra 10 do adversário, que foi mais perigoso: cinco chances reais contra quatro.

GE

Redação DiárioPB

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