CRÔNICAS DO COTIDIANO

O povo não quer golpe, quer governo

Pesquisas divulgadas nos últimos dias, demonstram que o povo brasileiro reage contrariamente aos intentos golpistas liderados pelo atual chefe da nação. As ameaças de ruptura democrática não têm encontrado apoio da grande maioria da população. No imaginário reacionário acreditava que o povo iria às ruas autorizando o golpe e as Forças Armadas o consolidaria. As manifestações de sete de setembro mostraram que nada disso é verdade. Foram às ruas apenas os fanáticos, portando cartazes e faixas com apelos antidemocráticos, e os militares não se engajaram no movimento.

Percebendo a impossibilidade de concretizar seus objetivos, recuou, deixando seus seguidores, mais apaixonados, curtindo a ressaca da ilusão golpista. …
VERGONHA ALHEIA

É uma situação muito constrangedora quando recebemos em nossa casa um visitante que insiste em desobedecer às regras que estabelecemos para serem observadas no ambiente em que vivemos. Torna-se uma presença incômoda no espaço intimo de nossa convivência, porque oferece exemplos que contrariam a disciplina imposta aos que moram conosco. Ainda mais quando essas inobservâncias às normas, contribuem para colocar em risco nossa sanidade mental e física.

Esse comportamento do visitante desregrado é, no mínimo, uma atitude que pode ser considerada como falta de educação. Ele precisa saber que deve se adaptar à rotina da casa que lhe hospeda e não o contrário. A boa visita é aquela que tem bom senso e não causa situações desagradáveis aos anfitriões, respeitando os limites por eles determinados.

O hóspede imoderado costuma ser protagonista de gestos inconvenientes que se transformam em vexames. Afinal de contas ninguém é obrigado a aceitar de bom grado os maus costumes que marcam sua personalidade. Pior quando esse comportamento inadequado é manifestado por alguém que pertence à nossa família ou, por alguma razão, alguém que assume condições de nos representar. Somos, então, colocados numa situação de embaraço que nos envergonha, porque pode passar a impressão de que somos iguais a ele. Experimentamos o sentimento chamado “vergonha alheia”. Vemos a nossa “identidade social” afetada pelo desajustado comportamento de quem possa estar nos representando, mesmo a nosso contragosto. Só nos resta lamentar.

Rui Leitão

Rui Leitao

Rui Leitão nasceu em Patos e é radicado em João Pessoa. Jornalista, já foi responsável pela superintendência da Rádio Tabajara. Atualmente é Diretor de Rádio e Tv da EPC - Empresa Paraibana de Comunicação.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo