Nota de pesar: Marielle Franco, execução anunciada

A FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME (FENAFAL), se soma a todas as entidades do movimento brasileiro de negras e negros, para registar seu pesar e sua indignação pelo brutal assassinato da vereadora e ativista negra Marielle Franco.

Marielle Franco
Foto: Internet

A execução da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) na noite da ultima quarta-feira, 14, na região central do Rio de Janeiro, é o tipo de crime anunciado, característico da máfia (fardada ou não) que controla a vida social na antiga Capital Federal do Brasil. Silenciamentos políticos deste tipo costumam ocorrer nas brenhas sem-lei do Pará e no interior do Nordeste. Nas grandes cidades, assassinatos de políticos combativos têm uma clara intencionalidade: deixem a criminalidade organizada fora de suas agendas!  Marielle foi vítima de um Sistema treinado para matar negros e negras neste país.

O fuzilamento covarde de Marielle exibe uma face cruel, sanguinária e grotesca dos senhores das armas na capital fluminense. Cenas também comuns num mundo globalizado pelo terror dos grupos criminosos vinculados ao tráfico de armas e de drogas, quase corriqueiras em Los Cabos (México), em Caracas (Venezuela) e em Fortaleza.

Pessoas que tentam fazer política para o bem, como Marielle, se credenciam automaticamente a criar desconforto e ameaça para os barões da coca e para os negociantes de armas automáticas nos mercados informais. É o que pode ocorrer também com jornalistas e comunicadores que se colocam em defesa da população jogada à própria sorte. Ou com juízes, promotores e membros dos ministérios públicos que tentam fazer valer o mínimo de ordem e respeitos às leis.

É importante ressaltar que a execução da vereadora negra, oriunda do complexo de comunidades da Maré, tem um quê de reflexo da desastrosa intervenção federal decretada recentemente naquela cidade. As forças armadas, afinal começam a combater e investigar criminosos dentro da estrutura da PM fluminense. Ela foi morta sem aviso-prévio depois de exercer 14 meses de seu mandato, jogando luz sobre o verdadeiro genocídio que a população negra favelada é condenada naquele lugar.

Assessoria

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Redação DiárioPB

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