No aniversário do papa, San Lorenzo sofre, mas dá presente e vai à final
No dia em que completou 78 anos, o papa Francisco recebeu um presente especial: seu amado San Lorenzo sofreu, mas venceu o Auckland por 2 a 1, pela semifinal do Mundial de Clubes, e garantiu vaga na decisão do torneio, contra o Real Madrid. A classificação veio no sufoco: o gol do triunfo saiu somente na prorrogação, aos dois minutos do primeiro tempo, contra uma equipe semiprofissional que foi superior a maior parte do jogo. O atacante Matos foi o herói do Ciclón – antes, Barrientos, para os argentinos, e Berlanga, para os neozelandeses, haviam marcado.
A final do Mundial acontece no próximo sábado, no Grand Stade de Marrakesh, às 17h30 (de Brasília). O SporTV transmite o jogo ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. Antes, no mesmo estádio, às 14h30, acontece a decisão do terceiro lugar, entre Auckland e Cruz Azul.
Auckland surpreende e controla o jogo
O técnico Ramon Tribulietx alertou nos dias antes do jogo para a diferença de qualidade entre Auckland e San Lorenzo. Mas, em campo, sua equipe pareceu não se importar com isso. Mais organizados e tranquilos, os neozelandeses botaram a bola no chão e trocaram passes, assumindo o controle do jogo contra um San Lorenzo raçudo, mas sem muita ideia do que fazer.
O melhor argentino em campo vestia branco. Tade, um estudante de Direito que migrou para a Nova Zelândia para aprender inglês, era o principal nome do Auckland, atormentando a defesa do San Lorenzo pelo lado esquerdo, levando vantagem sobre Buffarini e Kannemann com frequência. Faltava a ele, como a todo o seu time, maior poder de finalização.
E o San Lorenzo, por mais que não estivesse bem no jogo, tinha mais capacidade ofensiva. Tanto que, em sua primeira boa jogada construída na partida, o Ciclón abriu o placar: aos 47 minutos da etapa inicial, Más desceu livre pela esquerda e cruzou para Barrientos, livre na área, acertar belo chute de canhota.
O Auckland se viu numa situação inédita neste Mundial: estava atrás no placar, precisava se recuperar. O toque de bola continuou, assim como o domínio territorial, mas foi só quando Tade ousou mais que os neozelandeses empataram: aos 22 minutos, ele apareceu pelo meio e deixou De Vries na cara do gol. A bola passou pelo camisa 10 e pelo goleiro Torrico e sobrou para Berlanga completar para as redes.
O empate do Auckland fez bem ao jogo, até então muito truncado. O San Lorenzo se mandou para o ataque, tentando resolver o confronto, enquanto o Auckland ganhou espaço para contragolpear. Os dois times tiveram boas chances: Cauteruccio quase fez um golaço ao chapelar Irving e acertar a trave; Tade pôde virar herói definitivamente, mas, de frente para Torrico, bateu de canela e mandou longe do gol.
Esgotado, o atacante argentino do Auckland deixou o gramado no fim do segundo tempo. Sem ele, a força ofensiva dos neozelandeses desapareceu. Na prorrogação, o San Lorenzo melhorou e logo passou à frente, com Matos, que aproveitou sobra na área e bateu firme, sem chance para Williams, garantindo a classificação do Ciclón.
GE