‘Morre uma mulher digna que nunca se rendeu aos holofotes, nem as artimanhas do poder’

marisa-e-lula-sorrindoO deputado estadual Jeová Campos (PSB), que por mais de 30 anos integrou os quadros do PT e conviveu, em diversas ocasiões com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com Dona Marisa Letícia, lamentou a morte da ex-primeira-dama e mulher do ex-presidente do Brasil. “Dona Marisa era discreta, digna, sabia comportar-se e nunca se encantou com o poder. Morreu hoje uma mulher digna, que nunca se rendeu

aos holofotes, nem as artimanhas do poder”, destacou o parlamentar.

Dona Marisa teve morte cerebral nesta quinta-feira (02), decorrente de complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico. Ela era tão digna, destaca o parlamentar paraibano que, em vida, manifestou a intenção de ajudar o próximo depois de sua morte, tanto que a família já autorizou a doação de seus órgãos. “Esse gesto, por si só, já demonstra um senso humanitário diferenciado”, lembra Jeová.

A morte cerebral foi confirmada pela equipe do hospital Sírio Libanês, em dois exames: o primeiro, no início da manhã, e o segundo, por volta das 13h, como estabelece o protocolo para oficialização desse tipo de óbito. O velório será realizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (ABC Paulista), cidade em que reside a família Lula.

Para o deputado Jeová, quem melhor descreveu Dona Marisa, foi Hildegard Angel, no texto ‘Marisa Letícia Lula da Silva, as palavras que precisavam ser ditas’, publicado em seu site, em 04.01.2011,  cujo um dos trechos é reproduzido a seguir: …‘Marisa Letícia dedicou-se ao que ela sempre melhor soube fazer: ser esteio do marido, ser seu regaço, seu sossego. Escutá-lo e, se necessário, opinar. Transmitir-lhe confiança e firmeza. E isso, segundo declarações dadas por ele, ela sempre fez. Foi quem saiu às ruas em passeata, mobilizando centenas de mulheres, quando os maridos delas, sindicalistas, estavam na prisão. Foi quem costurou a primeira bandeira do PT. E, corajosa, arriscou a pele, franqueando sua casa às reuniões dos metalúrgicos, quando a ditadura proibiu os sindicatos. Foi companheira, foi amiga e leal ao marido o tempo todo. Foi amável e cordial com todos os que dela se aproximaram. Não há um único relato de episódio de arrogância ou desfeita feita por ela a alguém, como primeira-dama do país”…

Assessoria

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Redação DiárioPB

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