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Medina é bicampeão e recoloca ‘tempestade brasileira’ no topo

tempestade brasileiraA ‘tempestade brasileira’ está de volta ao topo do Mundial de Surfe. Campeão em 2014, Gabriel Medina conquistou nesta segunda-feira (17) seu segundo título na carreira, só com a classificação à final em Pipeline, no Havaí. O australiano Julian Wilson, único rival então na disputa, não consegueria mais alcançar Medina na pontuação geral.

Uma hora depois do título garantido, justamente Medina e Wilson entraram na água para disputar o título da etapa. Melhor para o brasileiro, que tinha o rival engasgado ao longo do ano: 18,34 a 16,70. O grito de “o campeão voltou” tomou conta das areias havaianas.

Depois do primeiro título de Medina e da conquista de Adriano de Souza em 2015, a hegemonia brasileira foi interrompida pelo bicampeonato do havaiano John John Florence — que perdeu boa parte do ano, devido a uma lesão no joelho e não competiu em casa.

“Não consgio encontrar palavras agora. Estou feliz em ter minha família e meus amigos ao redor de mim para comemorar esse título. No final deu tudo certo”, disse Medina, na entrevista oficial. “Estou muito feliz de fazer isso de novo. Essa conquista vai para o Brasil.”

A primeira metade da temporada de Medina não foi das melhores. A partir da sétima das 11 etapas, no entanto, o brasileiro engatou uma sequência de bons resultados com vitórias na Polinésia Francesa e no Surf Ranch nos Estados Unidos (a piscina de ondas de Kelly Slater, novidade no calendário). Mais do que isso, ele foi terceiro lugar na França e em Portugal.

Os últimos resultados do torneio o colocaram em uma situação muito confortável para a disputa no Havaí. Bastava chegar à final para levar o título independentemente das posições dos adversários Filipe Toledo e Wilson. Filipinho caiu para Slater no terceiro round.

O título brasileiro é só a confirmação do grande ano para o país. As bandeiras em verde e amarelo foram agitadas até agora em oito etapas com Ítalo Ferreira (três vitórias), Filipinho (duas), Medina (duas) e William Cardoso (uma). O único que tirou uma vitória do Brasil foi justamente Wilson (duas).

O brasileiro passou pelo australiano Connor O’Leary e o havaiano Benji Brand na primeira fase; o havaiano Seth Moniz no terceiro round; o havaiano Sebastian Zietz e o polinésio Michel Bourez nas oitavas. Nas quartas de final, atrás no placar desde a primeira onda, Medina deu verdadeira show contra o norte-americano Conner Coffin. O camisa 10 esperou o momento certo e somou as notas 9,43 e 10, o primeiro da etapa, com menos 11 minutos para o fim da bateria.

O título mundial mesmo veio na semifinal. Ao seu melhor estilo, inquieto e caçando ondas por todo o mar de Pipe, o brasileiro chegou a ficar atrás no placar, mas conseguiu a virada diante do sul-africano Jordy Smith, com nota total de 16,27 a 15,83 na primeira bateria.

Medina, hoje com 24 anos, começou a surfar ainda criança na praia de Maresias, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Aos 11 anos, conquistou o seu primeiro campeonato nacional em sua categoria, em Búzios, no Rio de Janeiro. Dezenove anos depois, garantiu o inédito título para o Brasil ao contar com a eliminação do australiano Mick Fanning, que anunciou uma pausa na carreira para este ano.

Além do título no masculino, o Mundial de Surfe 2018 coroou também Stephanie Gilmore. A australiana conquistou seu heptacampeonato e igualou a marca da compatriota aposentada Layne Beachley como a maior vencedora do circuito. O Mundial de Surfe agora retorna só no começo de abril, com as ondas em Gold Coast, na Austrália.

R7

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