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Mais de 100 detentos fogem de presídio de segurança máxima em João Pessoa

Fuga de detentosPelo menos 105 presos fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, na madrugada desta segunda-feira (10) em João Pessoa, segundo nota divulgada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Até as 11h05, 41 detentos foram recapturados, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

O presídio tem capacidade para 660 presos e atualmente tinha cerca de 680 detentos, segundo o secretário Sérgio Fonseca. De acordo com o sistema Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a unidade prisional tinha 681 presos em 644 vagas. Segundo a Seap, “a quantidade de agentes no local era suficiente para fornecer a guarda do PB1, foi uma ação pontual”.

Pessoas que moram perto da cadeia começaram a ouvir disparos e uma explosão pouco depois da meia-noite. De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal, que foi derrubado após uma explosão. Houve troca de tiros entre os bandidos e policiais militares e agentes prisionais.

Em outra ação, que acontecia no mesmo momento, um grupo fechou a rodovia estadual PB-008. Um tenente da PM, de 36 anos, que tentava combater a ação, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo o boletim do hospital, o tenente Moneta segue internado em estado de saúde gravíssimo.

A Polícia Civil investiga o caso e as primeiras informações apontam que o objetivo do ataque ao presídio PB1 era resgatar quatro homens que foram presos no mês de agosto em Lucena, na região metropolitana de João Pessoa, após um ataque a um carro-forte.

Romário Gomes Silveira era o alvo principal do resgate no PB1. Ele, Antônio Arsênio e Vanilson Pereira de Macedo também fugiram. Gilberto ficou na penitenciária e não foi resgatado. “Ele [Romário] participou de uma ação recente, a explosão do carro-forte, e já utilizava esse tipo de armamento”, disse o secretário Sérgio Fonseca.

Eles são acusados de integrar uma quadrilha que atua em todo o país na explosão de caixas eletrônicos e carros-fortes.

G1/PB

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