Durante audiência de custódia, o juiz Adilson Fabrício decidiu, nesta sexta-feira (20), que o ex-governador Ricardo Coutinho será encaminhado para o Presídio de Segurança Média em Mangabeira, na Capital. O magistrado não acatou o pedido do advogado de defesa, Eduardo Cavalcanti, que havia solicitado, por requerimento, que Ricardo fosse preso em uma sala especial por ter sido, em duas oportunidades, prefeito e governador do Estado.
O juiz Adilson também negou ao advogado que a decretação da prisão preventiva do socialista fosse substituída por medidas cautelares. O juiz recomendou que o ex-governador poderia ficar na mesma ala da unidade prisional onde o irmão, Coriolano Coutinho, está preso, mas em local separado do ex-secretário Waldson de Sousa e e do ex-procurador Gilberto Carneiro.
Na audiência, ficou decidido que o ex-governador não poderá utilizar telefone celular. Ricardo foi preso na noite de quinta-feira (19) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal, pela Polícia Federal (PF).
O juiz Adilson Fabrício explicou que não poderia modificar uma sentença da relatória, uma vez que seria um afronto a uma decisão superior. O magistrado chegou a classificar como “inadequadas e ineficazes” o pedido do advogado de defesa por medidas cautelares. A audiência de custódia aconteceu na Câmara Criminal da Capital.
O ex-governador foi citado na sétima fase da Operação Calvário, “Juízo Final”, deflagrada pela PF, Ministério Público Estadual e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). As investigações apontam que Ricardo, Waldson, Coriolano, deputada Estela Bezerra, entre outros, teriam feito parte de um suposto esquema criminoso que desviou recursos da saúde do Estado.
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