Jornalista que denunciou caixa dois de Bolsonaro já sofre ameaças
Patricia Campos Mello, a jornalista que denunciou o esquema ilegal de disparo de mensagens contra o PT no WhatsApp, por parte de empresas apoiadoras do candidato Jair Bolsonaro (PSL), está sendo intimidada e ameaçada pelos “skinheads do Bolsocheio”, como definiu a jornalista Barbara Gancia no Twitter.
O esquema, apelidado de “Bolsolão”, se assemelha ao caixa 2 de campanha, de acordo com juristas ouvidos pelo UOL, uma vez que as encomendas de mensagens seriam doações não contabilizadas e feitas por empresas, o que é proibido pelo Supremo Tribunal Federal desde 2015. Segundo a Folha, “cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens”.
O escândalo veio à tona nesta quinta-feira (18), em reportagem da jornalista Patricia Campos Mello que, conforme alertado pela também jornalista Barbara Gancia, passou a sofrer ameaças. “Começaram as ameaças à integridade física da jornalista da Folha, Patricia Campos Mello, que deu o furo do caixa 2 do Bolsonaro (…). Não podemos ficar acuados. Quero ver todo mundo defendendo Patricia Campos Mello na sua página e em grupos de WhattsApp. Bora!”, tuitou Barbara Gancia, que na sequência convocou:
Os skinheads do Bolsocheio já estão intimidando e ameaçando Patricia Campos Mello, a jornalista da Folha responsável pelo furo sobre o caixa 2 do Coiso. Precisamos deixar claro que a violência não passará. Bora chamar atenção para o fato nas redes e no Whattsapp!
— barbara gancia (@barbaragancia) 18 de outubro de 2018
Brasil 247