Janeiro Roxo: Saúde prepara ações de combate à hanseníase
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Doenças Endêmicas, em parceria com o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, promove de 23 a 26 deste mês atividades alusivas ao Janeiro Roxo, campanha que lembra o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, celebrado este ano em 27 de janeiro. Estão sendo programadas atividades de saúde como triagem de manchas para diagnóstico da doença.
A campanha nacional do Janeiro Roxo este ano tem como foco a prevenção das incapacidades físicas que são provocadas quando o diagnóstico da hanseníase não é feito de maneira precoce.
“A SES orienta que os profissionais de saúde dos municípios façam uma busca ativa de pacientes com manchas, na intenção de diagnosticar precocemente a hanseníase e tratar a doença de maneira oportuna e imediata. A hanseníase é uma doença dermato-neurológica, ou seja, aparecem manchas e os nervos periféricos são atingidos. Se o diagnóstico for tardio, podem surgir incapacidades físicas e algumas delas são irreversíveis”, explicou a gerente operacional de Vigilância Epidemiológica da SES, Lívia Borralho.
Dados – Em 2018, a Paraíba registrou 463 novos casos de hanseníase. Destes, 17 casos novos foram em menores de 15 anos. A taxa de detecção foi de 11,7%. Já a cura foi de 70,8%.
Diagnóstico e tratamento – Na Paraíba, o diagnóstico da hanseníase pode ser feito na Atenção Básica. Serviços de atenção secundária podem ser encontrados em Campina Grande, Patos e Sousa. Já a referência nos serviços terciários (estágio avançado da doença) é o Complexo Hospitalar Clementino Fraga.
Hanseníase – É uma doença transmissível que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos. Pode atingir rosto, olhos, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés. Leva de dois a sete anos para o aparecimento dos primeiros sintomas. Além disso, a hanseníase pode provocar o espessamento de nervos, causando incapacidades físicas.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a transmissão da hanseníase acontece pelas vias aéreas por meio da fala, da tosse (ou espirro), e através de uma pessoa doente e sem tratamento. A doença começa com manchas pelo corpo que podem ser esbranquiçadas, cor-de-rosa ou marrons. No local dessa marca, a pessoa não sente dor, frio, calor ou, até mesmo, o toque, ficando mais vulnerável a queimaduras e cortes nas regiões afetadas, o que pode acarretar infecções.
Redação com Assessoria