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Independentista Puigdemont é o novo presidente da Catalunha

PuigdemontO parlamento da Catalunha escolheu neste domingo (10) por maioria absoluta Carles Puigdemont como novo presidente regional. Puigdemont que comprometeu a liderar um processo para proclamar em 2017 a independência dessa rica região do nordeste da Espanha.

“Catalunha libre” proclamou o novo presidente eleito com 70 votos a favor, 63 contra e duas abstenções no parlamento regional, onde os independentistas têm maioria absoluta após as eleições regionais de setembro.

Catalunha livre
Carles Puigdemont defende a separação da região da Espanha. “Precisamos (…) iniciar o processo para constituir um Estado independente na Catalunha, que as decisões do parlamento da Catalunha sejam soberanas”, disse em discurso.

“Este não é um projeto dos político, não é sequer um projeto coletivo, é um projeto em comunhão com a grande maioria das pessoas”, acrescentou o candidato no parlamento regional, onde, em suas portas, reuniram-se dezenas de independentistas.

Cenário político
Enquanto os independentistas concentram suas forças, a Espanha encontra-se sem governo e com um cenário político muito fragmentado após as eleições de 20 de dezembro, vencidas pelo presidente do governo conservador Mariano Rajoy, mas longe da maioria absoluta.

Com a região mais rica do país e a segunda mais populosa em rebeldia, o governo atual insistiu na necessidade de que “o próximo governo da Espanha conte com uma ampla base parlamentar que garanta a estabilidade e a capacidade para fazer frente ao desafio independentista”.

Em Madri “nas últimas semanas diziam com entusiasmo que a Catalunha estava se afundando (…) A partir de ontem voltaram a soar todos os alarmes”, comemorou Mas neste domingo.

Rajoy quer pactuar um governo de seu Partido Popular com os socialistas do PSOE, segunda força da Espanha, e Ciudadanos (centro-direita), nascido na Catalunha para combater o nacionalismo.

Mas o PSOE busca uma aliança com a esquerda radical do Podemos, que também precisaria das forças independentistas da Catalunha. A situação em Barcelona, no entanto, lhes dificulta a tarefa.

Seu porta-voz Antonio Hernando evitou se pronunciar sobre pactos, mas ofereceu “seu apoio ao governo no poder para fazer respeitar a lei”. “Não há melhor maneira de enfrentar o independentismo que ver o PP e o PSOE juntos”, respondeu o porta-voz conservador Fernando Martínez-Maillo.

Senhor Mas do mesmo”. Com a maioria absoluta, mas somente 47,8% dos votos nas eleições de setembro, os independentistas querem retomar a estratégia assumida em 9 de novembro, com uma resolução parlamentar lançando o processo de secessão e declarando-se insubmissos às instituições espanholas.

O texto foi suspenso pelo Tribunal Constitucional, mas Puigdemont assegurou que será fiel a seu conteúdo.

“Não têm direito de situar as instituições fora da lei”, advertiu o líder socialista catalão Miquel Iceta.

Sua estratégia esteve a ponto de fracassar pelas discrepâncias entre a coalizão Juntos por el Sí (62 deputados), com conservadores e progressistas, e a esquerda radical Candidatura de Unidad Popular (10 deputados, que rejeitava como presidente Artur Mas.

Mas, contudo, facilitou o pacto quase no limite legal, antes de verem-se obrigados a convocar na segunda-feira novas eleições, que colocariam em risco a maioria absoluta.

“Hoje vamos investir no senhor Mas, no senhor Mas do mesmo”, criticou com certa gravidade a líder da oposição Inéns Arrimadas, do Ciudadanos, destacando que ambos acreditam que “podem estar acima das leis democráticas e da justiça”.

Nos próximos dias, Puigdemont deve formar seu executivo. Entre suas primeiras leis, vão estar a elaboração de uma administração tributária e um seguro social próprio.

G1

Redação DiárioPB

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